terça-feira, 28 de abril de 2009

Nossa Fé

O Cristianismo e o Judaísmo

Por Sha’ul Bentsion

Introdução

Dadas as recentes controvérsias acerca de Judaísmo e Cristianismo, gostaria de postar aqui um Esclarecimento, que, creio eu, servirá de base para os novos membros, e também de referência para os antigos.

1) A Base da Nossa Fé

Vivemos tempos de restauração da fé, de voltarmos às nossas origens. Nós somos o princípio Estamos muito no começo do processo) de cumprimento do que fora profetizado na Palavra:

"Assim diz YHWH: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas;" (Irmiyahu/Jeremias 6:16a)

Estamos vivendo o tempo de retorno às veredas antigas, ao Caminho estabelecido por YHWH em Sua Santa Palavra. Mais especificamente, voltamos qual filho pródigo aos Seus mandamentos. Mas, qual é a base desse retorno? A Bíblia esclarece:

"Assim diz YHWH Tseva'ot: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Elohim está convosco." (Zekariyah 8:23)

Vemos que no fim dos tempos, os homens das nações irão atrás dos judeus, por ouvirem que Elohim está com eles. Assim sendo, podemos ver que as Escrituras nos dizem uma coisa muito clara: Nossa fé é JUDAICA. O Judaísmo, fé que recebeu esse nome por ter sido preservada pelos judeus, é a única fé estabelecida pelo único Elohim verdadeiro.

"Meus amados, faço o meu melhor para vos escrever acerca de nossa vida interior. É importante vos escrever, para vos persuadir a lutarel em prol da nossa fé, a qual foi uma única vez entregue aos santos." (Yehudá/Judá 1:3)

Essa fé que foi uma única vez entregue não pode ser o Cristianismo, pois o mesmo é muito posterior. Essa fé é a fé de Avraham, de Moshe, e dos patriarcas, que confiavam em Elohim
para a salvação (Yeshua) e que procuravam viver em obediência. Portanto, estabelecemos que nossa fé é judaica.

2) Relacionamento com o Cristianismo

Reconhecemos que existe povo do Eterno aos milhões que ainda se encontra nas igrejas cristãs. Cremos em um tempo de restauração em que YHWH chamará a esse povo, como chamou a nós. Sabemos que isso ocorrerá antes do fim dos tempos, porque o povo do fim dos tempos tem uma característica distinta:

"E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Elohim, e têm o testemunho de Yeshua HaMashiach." (Guilyana/Apocalipse 12:17)

Falo agora do Cristianismo enquanto instituição, e não dos cristãos enquanto pessoas. O Cristianismo desconhece Yeshua, o judeu, e justamente por isso, não guarda os mandamentos de Elohim (claro que sempre há exceções, mas são pouquíssimas). É escolha da maior parte da Cristandade, inclusive, opor-se à prática dos mandamentos. Frequentemente, por exemplo, quem guarda o Shabat, o quarto mandamento, é acusado de ter “caído da graça” – como se a graça de Yeshua, que afirmamos com todas as nossas forças, fosse pretexto para pecarmos deliberadamente.

De fato, o Cristianismo trata-se nada mais nada menos do que uma religião criada por grupos que desejavam ter uma fé completamente desconectada do Judaísmo, com quase nenhuma raíz nas páginas do chamado “Antigo Testamento” (que não sem um motivo recebeu tal termo). O Cristianismo optou por negar as raízes da Oliveira, contrariando as recomendações de Rav. Sha’ul (Paulo) que diz:

“Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.” (Ruhomayah/Romanos 11:18)

Ao fazer isso, o Cristianismo usurpou a identidade hebraica da fé. Em sendo “ramos”, foram buscar as suas raízes, e a encontraram no paganismo romano, cujas origens estão nas antigas religiões politeístas grega e babilônia, novamente contrariando as Escrituras. Qual deve ser, portanto, nossa posição com relação ao Cristianismo? Yeshua disse:

“Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.” (Matitiyahu/Mateus 7:17-18)

Praticamente todos os teólogos são unânimes em identificar a “Grande Meretriz” do Apocalipse com o Império Romano. Foi esse Império Romano, que perdura até hoje de forma político-eclesiástica, quem criou o Cristianismo. A “mãe de todas as prostitutas” tem, hoje, muitas filhas: São as religiões que mudam o suficiente para se diferenciarem da mãe e dizerem “sou diferente”, mas que não querem abandonar toda a doutrina criada por Roma e recomeçar.

A Reforma Protestante trouxe coisas positivas, é verdade, mas para a Grande Babilônia, não existe Reforma, existe total ruptura:

“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas articipante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Guilyana/Apocalipse 18:4)

“Saí do meio dela, ó povo meu, e livrai cada um a sua alma do ardor da ira de YHWH... Vós, que escapastes da espada, ide-vos, não pareis; de longe lembrai-vos de YHWH, e suba Yerushalayim a vossa mente.” (Yirmiyahu/Jeremias 51:45,50)

As instruções são claras: Romper total e completamente com o sistema religioso impostor que foi construído para usurpar o Reino de Israel, seguir em direção a Jerusalém sem parar. Como dissemos antes, estamos falando do sistema religioso, e não de pessoas. Nossa posição é: Temos que ajudar a restaurar pessoas. Porque somente uma pessoa restaurada pode almejar o retorno. Tenho certeza de que muitos existem nas igrejas cuja vontade de obedecer e de viver a Bíblia são maiores do que muitos de nós juntos, e que não o fazem simplesmente por não conhecer a verdade. Creio na salvação, e na pertinência deles ao povo amado de YHWH. E creio justamente que aí está a nossa missão principal: Esclarecer. Como a própria palavra, etimologicamente, sugere, levar luz onde há trevas. Mostrar o que é bíblico, e o que não é.

Mas e quanto às práticas cristãs? E quanto ao Cristianismo em si? A resposta bíblica é clara. Nada temos com eles. Nada temos com esse sistema religioso, exceto a distância absoluta. Como se trata de um sistema impostor, idólatra, anti-nomínio, e enganador, não há bons frutos. Não temos por que consideramos suas doutrinas, imitarmos seus caminhos, ou tomarmos para nós as suas práticas. Temos sim, que amar, instruír e ter longanimidade para com os cristãos, sem acusá-los, sem maltratá-los (pois isso não é fruto do Reino) nem proferir qualquer palavra que não seja em amor. Se pudermos contribuir para que um mandamento apenas, um sequer, seja cumprido por qualquer pessoa, é um passo dado na direção do Reino, e devemos nos alegrar, pois um planta, o outro rega, e um terceiro colhe.

3) O Judaísmo e Nós

Como vimos, nossa fé é judaica. Portanto, nossa identidade não pode ser desconectada do Judaísmo. O Judaísmo, ou poderíamos chamá-lo de “Yahwismo” (a fé de YHWH), é aquilo que praticamos, e que nos define, pois somos o Reino de YHWH.

“Qual é pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Elohim lhe foram confiadas.” (Ruhomayah/Romanos 3:1-2)

Aqui Sha’ul (Paulo) nos diz que as palavras de elohim foram confiadas aos judeus. Nossa religião, repito e reforço, é judaica. Somos, acima de tudo, Judaísmo. Portanto, o nosso ponto de partida é sempre o Judaísmo. Ao longo desses dois mil anos em que a Torá foi brutalmente perseguida, foi no povo judeu que ela foi preservada, mesmo em meio a erros e acertos.

Se nós, enquanto movimento de restauração, somente agora temos nos aproximado da Torá, a forma mais prudente de fazê-lo é aprendendo com os judeus.

Como, portanto, estabelecemos a nossa prática de fé? A primeira coisa que fazemos é olhar para como o Judaísmo normativo faz. Nossa premissa é muito simples: Toda prática é derivada do Judaísmo normativo, até que tenhamos atingido a maturidade em nossos estudos para tirarmos qualquer outra conclusão. Enquanto não estudamos a fundo as práticas da Torá, não temos base para questionar a forma como os judeus a vêm praticando há milênios. Mas, tais elementos só podem ser encontrados se conhecemos a palavra.

Consideramos que levantar-se contra uma prática judaica, sem ter base bíblica para fazê-lo, simplesmente por não querer fazer “da forma judaica” (coloco aqui entre aspas) uma atitude de rebeldia. Ou adentramos o povo de YHWH de corpo e alma, ou é melhor não adentrarmos. Não podemos ficar com um pé dentro e outro fora, nem frios nem mornos.

Isso significa que TUDO que o Judaísmo normativo faz está certo? De forma alguma. Existem muitos erros. Yeshua mesmo apontou alguns deles:

“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Elohim.” (Matitiyahu/Mateus 15:6)

Yeshua aqui não inventa uma nova postura, mas sim trabalha com uma premissa já estabelecida desde os tempos dos profetas:

“Porque YHWH disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído.” (Yeshayahu/Isaías 29:13)

O segundo passo pode ser visto já nos versículos supracitados. Em nossos estudos sobre a Torá, já demonstramos que não existe uma Torá Oral. YHWH deixou por escrito tudo aquilo que Ele espera que cumpramos. Toda prática que não deriva de nem se refere a um mandamento não pode ser considerada como tal. Pode ser até mesmo praticada como uma boa tradição, mas nunca mais do que isso.

Se concluímos que o Judaísmo tradicional tem alguma prática fora da Torá, então o terceiro passo também é igualmente lógico: Procuramos se a Bíblia nos dá alguma diretriz explícita. Em alguns casos, o NT revela a halachá (forma de caminhar) de Yeshua. Isso, contudo, não acontece sempre. Se não encontrarmos a resposta explicitamente, podemos pelo menos estabelecer uma hipótese bíblica.

O quarto passo é igualmente lógico: Se a resposta não está no Judaísmo de hoje, então devemos estudá-la no Judaísmo de ontem. Se olharmos para o Judaísmo histórico, nas práticas dos fariseus antes do período Mishnaico (especialmente as Casas de Hillel e Shamai), ou dos sacerdotes zadoquitas, ou mesmo de outros grupos judaicos que persistem até hoje (caraítas, falashas, etc.), é possível verificar se algum desses grupos se aproxima de uma prática mais bíblica.

Quando a solução parece improvável, isto é, quando cada grupo tem a sua própria opinião é parece-nos muito difícil encontrar a verdade, então existe ainda um quinto passo, orientado por YHWH. Ele nos diz:

“Mas os sacerdotes levíticos, os filhos de Tsadok, que guardaram a ordenança do meu santuário quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, eles se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem a gordura e o sangue, diz Adonai YHWH... E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro.” (Yehezkel/Ezequiel 44:15,23)

Aos sacerdotes zadoquitas, exilados da vida política de Israel, e cujos escritos podemos encontrar nos manuscritos do Mar Morto, pertence a incumbência de ensinar a Israel o que é santo e o que é profano. Assim sendo, o quinto passo é analisar as suas práticas e ensinamentos, pois certamente são o grupo que o próprio YHWH afirmou estar mais próximo da verdade.

Ainda assim, quero assegurar-lhes de que nós cometeremos erros em nossas interpretações sobre as práticas bíblicas. Se não cometêssemos, não seríamos humanos. Mesmo assim, estamos honrando a YHWH em, de forma absolutamente ordenada, coerente e responsável, buscarmos o máximo que conseguimos a verdade. Erraremos sim, mas erraremos buscando acertar.

Sabemos que é justamente onde nos falta a perfeição que a graça de Yeshua nos inunda e nos preenche, tornando-nos dignos onde jamais seríamos:

“E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.” (Yochanan/João 1:16)

Alguns poderiam sugerir que a linha é tênue entre rejeitarmos o Cristianismo enquanto sistema doutrinário romano, e rejeitarmos as pessoas. Ou entre aceitarmos a identidade judaica, e nos prendermos a mandamentos de homens. Ou ainda entre negarmos os acréscimos à Torá, e negarmos a nossa própria identidade israelita. Eu percebo e entendo que não são tarefas fáceis – e entendo que todos nós, em diversos momentos, pela nossa total dificuldade, enquanto seres humanos, de caminharmos em linha reta, tropeçaremos.

Provavelmente, haverá momentos em que pisaremos mais para a esquerda, ou mais para a direita. E é bem provável que, ao fazer isso, haja conflitos. É da natureza humana. Não podemos fingir que isso não ocorrerá e, se e quando ocorrido, tratar pontualmente, caso a caso.

Contudo, apesar de ter ciência da dificuldade humana, também tenho fé e convicção de que a nossa posição,e os nossos objetivos estão plenamente claros e explicitados neste documento, bem como nas demais comunicações que fazemos. Se errarmos, enquanto indivíduos, creio eu, será puramente por inabilidade humana, e não por falta de clareza de identidade e objetivo. E, por fim, rogo para que YHWH Yeshua nos permita sermos tudo aquilo que devemos ser, pois o mundo carece da mensagem de teshuvá.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O Shabat nas Escituras

Esperando Nosso Mashiach
Por Sha'ul Bentsion
1 – INSTITUÍDO POR HASHEM
* Gen 2:3
2 – BASES PARA SUA INSTITUIÇÃO
* Gen 2:2,3; Ex 20:11
3 – O SÉTIMO DIA JUDAICO É O SHABAT
* Ex 20:9-11
4 – FOI FEITO PARA O HOMEM
* Mc 2:27
5 – HASHEM ABENÇOOU O SHABAT
* Gen 2:3; Ex 20:11
6 – HASHEM SANTIFICOU O SHABAT
* Gen 2:3; Ex 31:15
7 – O SHABAT COMO UM DOS 10 MANDAMENTOS
* Ex 20:11
8 – HASHEM ORDENA O SEU CUMPRIMENTO
* Lev 19:3,30
9 – HASHEM ORDENA QUE O SHABAT SEJA SANTIFICADO
* Ex 20:8
10 – É OBSERVADO COMO LEMBRANÇA DA BONDADE DE HASHEM
* De 5:15
11 – HASHEM MOSTRA O SEU FAVOR AO APONTÁ-LO
* Ne 9:14
12 – HASHEM MOSTRA CONSIDERAÇÃO E BONDADE AO APONTÁ-LO
* Ex 23:12
13 – É UM SINAL DA ALIANÇA ENTRE HASHEM E O SEU POVO
* Ex 31:13,17
14 – É SOMBRA DO MILÊNIO QUE HÁ DE VIR
* Hb 4:4,9
15 – YESHUA É O S-NHOR DO SHABAT
* Mc 2:28
16 – YESHUA OBSERVAVA O SHABAT
* Lc 4:16
17 – YESHUA ENSINAVA A PALAVRA DO ETERNO NO SHABAT
* Lc 4:31; 6:6
18 – SERVOS E ANIMAIS DEVEM TAMBÉM SEREM PERMITIDOS DE DESCANSAR NO SHABAT
* Ex 20:10; Dt 5:14
19 – NENHUM TIPO DE TRABALHO DEVE SER FEITO NO SHABAT
* Ex 20:10; Lev 23:3
20 – NÃO SE DEVE FAZER COMÉRCIO ALGUM NO SHABAT
* Ne 10:31; 13:15-17
21 – NÃO SE DEVE CARREGAR PESO NO SHABAT
* Ne 13:19; Jer 17:21
22 – DEVE HAVER ADORAÇÃO A HASHEM NO SHABAT
* Eze 46:3; At 16:13
23 – AS ESCRITURAS DEVEM SER LIDAS NO SHABAT
* At 13:27; 15:21
24 – A PALAVRA DE D-US DEVE SER PREGADA NO SHABAT
* At 13:14,15,44; 17:2; 18:4
25 – TRABALHOS RELIGIOSOS SÃO PERMITIDOS NO SHABAT
* Nu 28:9; Mt 12:5; Jo 7:23
26 – TRABALHOS DE BONDADE E MISERICÓRDIA SÃO PERMITIDOS NO SHABAT
* Mt 12:12; 13:16; Jo 9:14
27 – SUPRIR NECESSIDADES FÍSICAS É PERMITIDO NO SHABAT
* Mt 12:1; Lc 13:15; 14:1
28 – O SHABAT É CHAMADO DE SHABAT DO S-NHOR
* Ex 20:10; Lev 23:3; De 5:14
29 – O SHABAT É CHAMADO DE SHABAT DE DESCANSO
* Ex 31:15
30 – O SHABAT É CHAMADO DE DESCANSO SAGRADO
* Ex 16:23
31 – O SHABAT É SHAMADO DE SANTO DIA DO S-NHOR
* Isa 58:13
32 – O SHABAT É CHAMADO DE DIA DO S-NHOR
* Ap 1:10
33 – OS ESCOLHIDOS DE D-US OBSERVAM O SHABAT
* Ne 13:22
34 – OS ESCOLHIDOS HONRAM A D-US AO OBSERVAR O SHABAT
* Isa 58:13
35 – OS ESCOLHIDOS SE ALEGRAM NO SHABAT
* Sl 118:24; Isa 58:13
36 – OS ESCOLHIDOS TESTIFICAM CONTRA AQUELES QUE PROFANAM O SHABAT
* Ne 13:15-18,20,21; Jer 17:27
37 – A OBSERVÂNCIA DO SHABAT É PERPÉTUA
* Ex 31:16,17; Mt 5:17,18
38 – SOMOS ABENÇOADOS SE HONRAMOS O SHABAT
* Isa 58:13,14
39 – SOMOS ABENÇOADOS SE GUARDAMOS O SHABAT
* Isa 56:2,6
40 – OS ÍMPIOS PROFANAM O SHABAT
* Isa 56:2; Eze 20:13,16 ;Ne 13:17; Eze 22:8
41 – OS ÍMPIOS ACHAM O SHABAT UM FARDO
* Amo 8:5
42 – OS ÍMPIOS ESCONDEM OS SEUS OLHOS DO SHABAT
* Eze 22:26
43 – OS ÍMPIOS FAZEM O QUE BEM ENTENDEM NO SHABAT
* Isa 58:13
44 – OS ÍMPIOS CARREGAM FARDO NO SHABAT
* Ne 13:15
45 – OS ÍMPIOS TRABALHAM NO SHABAT
* Ne 13:15
46 – OS ÍMPIOS FAZEM COMÉRCIO NO SHABAT
* Ne 10:31; 13:15,16
47 – OS ÍMPIOS GUARDAM O SHABAT PELO MOTIVO ERRADO
* Lc 13:14; Jo 9:16
48 – O EXEMPLO DE MOSHE RABEINU (MOISÉS, NOSSO PROFESSSOR)
* Nu 15:32-34
49 – O EXEMPLO DE NEHEMIAH
* Ne 13:15,21
50 – O EXEMPLO DAS MULHERES QUE SEGUIAM A YESHUA
* Lc 23:56
51 – O EXEMPLO DO RAV. SHA'UL (PAULO)
* At 13:14
52 – O EXEMPLO DOS DISCÍPULOS
* At 16:13
53 – O EXEMPLO DE YOCHANAN (JOÃO)
* Ap 1:10
54 – EXEMPLOS DE PROFANAÇÃO DO SHABAT
* Ex 16:27; Nu 15:32; Ne 13:16; Jer 17:21-23

Os Gentios e a Torah

A Questão de Atos 15
Por Dr. James Scott Trimm
Tradução, Adaptação e Adendo por Sha’ul Bentsion
I - INTRODUÇÃO
O seguinte artigo é uma adaptação de um comentário de Atos 15 escrito pelo Dr. James Scott Trimm, da Society for the Advancement of Nazarene Judaism. O Dr. Trimm é um proeminente acadêmico no campo de pesquisa nazarena/messiânica, especialista em crítica textual. Sua maior virtude é a capacidade de esclarecer passagens bíblicas normalmente mal compreendidas. O corpo de citações da mensagem é do B’rit Chadashah – HaTeshuvah v1.2
II – ANÁLISE VERSO A VERSO
1 Então alguns que tinham descido de Yehudah ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moshe, não podeis ser salvos.
Comentários:
Em Atos 15 temos uma questão de halacha (decisão rabínica) sendo resolvida pelo Beit Din (Corte judaica) dos nazarenos. Para entender o que ocorreu naquela reunião e a sua consequente decisão é preciso, primeiramente, entender qual era o problema. Neste caso, a posição do Rav. Sha’ul (Paulo) não é dita claramente no Pashat (sentido/valor “simples” do texto), apenas a posição de seus oponentes é mencionada de forma clara.
A posição dos oponentes de Paulo é: “Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moshe, não podeis ser salvos.”
Agora, devemos nos perguntar: “Quais são as implicações ou ramificações desta posição?”
Temos um bom modelo para comparar. Uma posição semelhante é adotada por um grupo chamado “Church of Christ” (Igreja de Cristo), também conhecido como “Campebiltas”. Para quem não conhece este grupo, ele prega que uma pessoa precisa ser batizada para ser salva.
Isto acaba resultando num debate entre eles e outros Protestantes (principalmente os Batistas).
Os Batistas frequentemente ilustram a situação com o exemplo de um homem que se torna um crente do outro lado da rua de uma Igreja Campbelita. Ele imediatamente corre para atravessar a rua e ser batizado, só que ao fazer isto é atropelado por um caminhão e morre. Os Batistas argumentam que este homem, de acordo com a posição da igreja campbelita, não seria salvo. Muitos evangelistas da Igreja Campbelita andam por aí com as chaves da igreja no bolso, para que a qualquer momento possam entrar e batizar alguém, para evitar que a pessoa acabe morrendo antes de ter a oportunidade de se batizar.
Era exatamente este tipo de mentalidade que os oponentes de Paulo tinham em Atos 15:1. Eles acreditavam que uma pessoa deveria ser circuncidada imeditamente após terem se tornado crentes. Como associavam a circuncisão à salvação, provavelmente tinham a mesma preocupação dos campbelitas: a circuncisão deveria ser imediata, antes que o crente morresse sem salvação.
A visão mais tradicional do Judaísmo Rabínico difere disto. A visão deles é a de que, uma vez que a a circuncisão e o mikveh (imersão) marcam o momento em que a pessoa se torna parte da comunidade, e por isto devem antes aprender a Torah. Isto é porque se eles forem circuncisados, e se comprometerem a guardar os 613 mandamentos da Torah antes de aprender sobre eles, estarão imediatamente violando os mandamentos que não conhecem, e isto traria juízo sobre todo o nosso povo (vide Devarim / Deuteronômio 28-29 e Vaycrah / Levítico 26). Ou seja, a abordagem judaica tradicional é a de ensinar a um novo crente a Torah primeiro.
Agora podemos ver a posição de Paulo por Remez (análise). Os oponentes de Paulo estavam ensinando que uma pessoa deveria ser circuncisada imediatamente para ser salva, e só então ensinada sobre a Torah. Paulo estava ensinando que primeiro eles deveria aprender a Torah.
2 Tendo Sha'ul e Bar Nabba contenda e não pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Sha'ul e Bar Nabba e mais alguns dentre eles subissem a Yerushalayim, aos emissários e aos anciãos, por causa desta questão.
Comentários:
Então eles levaram o assunto ao Beit Din (“casa de julgamento”, similar a um conselho ou “corte espiritual”. Neste caso, o Beit Din é comumente conhecido como Concílio de Jerusalem.)
3 Eles, pois, sendo acompanhados pela kehilat por um trecho do caminho, passavam pela Fenícia e por Shomeron, contando a conversão dos goyim; e davam grande alegria a todos os irmãos.
Comentários:
Repare que Paulo estava convertendo gentios (goyim).
4 E, quando chegaram a Yerushalayim, foram recebidos pela kehilat e pelos emissários e anciãos, e relataram tudo quanto Elohim fizera por meio deles.
5 Mas alguns da seita dos P'rushim, que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a Torah de Moshe.
Comentários:
Aqui os argumentos dos opositores estão abreviados. Aqui vemos o seguinte: “era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a Torah de Moshe.”
Mas por que isto agora? Superficialmente, nem parece o mesmo argumento que eles estavam levantando em Atos 15:1. Contudo, se recordarmos o nosso Remez (análise), faz muito sentido!
Esta era uma questão cronológica: “[Primeiro] era necessário circuncidá-los e [para depois] mandar-lhes observar a Torah de Moshe.”
Agora podemos perceber que o argumento feito aqui é exatamente o mesmo do 15:1
6 Congregaram-se pois os emissários e os anciãos para considerar este assunto.
7 E, havendo grande discussão, levantou-se Kefah e disse-lhes: Irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Elohim me elegeu dentre vós, para que os goyim ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem.
8 E Elohim, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes a Ruach HaKodesh, assim como a nós;
9 e não fez distinção alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.
Comentários:
Kefah (Pedro) aqui lida com a posição dos positores, tal qual descrita em Atos 15:1. Ele apresenta provas (a partir de sua experiência em Atos 10-11) de que a salvação ocorre antes da circuncisão.
10 Agora, pois, por que tentais a Elohim, pondo sobre a cerviz dos talmidim um jugo [isto é, pondo uma responsabilidade nas costas dos talmidim] que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
11 Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Yeshua, do mesmo modo que eles também.
Comentários:
Aqui, obviamente, o “jugo” não é a Torah. O contexto é bem claro. Kefah (Pedro) está chamado o argumento dos opositores de Paulo de “jugo”. Portanto o “jugo” nesta passagem está na crença de salvação por obras, mais especificamente, salvação pela circuncisão.
Kefah (Pedro) apela para o exemplo dos Patriarcas. Mas por que ele menciona os Patriarcas?
Para mostrar que Avraham primeiro foi salvo por confiar em D-us em Bereshit (Gênesis) 15:6 para DEPOIS ser circuncidado em Bereshit (Gênesis) 17.
Agora, Kefah (Pedro) apresentou dois casos como exemplo:
1 – Cornélio e sua casa (Atos 10-11)
2 – Os Patriarcas (especialmente Avraham – Bereshit / Gênesis 15:6 e 17)
Em ambos os casos, Kefah (Pedro) aponta para o fato de que a salvação precede a circuncisão (muito embora em pelo menos um deles vemos claramente que a circuncisão veio posteriormente)
12 Então toda a multidão se calou e escutava a Bar Nabba e a Sha'ul, que contavam quantos sinais e prodígios Elohim havia feito por meio deles entre os goyim.
Comentários:
Isto é um paralelo do verso 3 no qual Paulo está recontando as conversões. Paulo está igualando estes casos com os dois exemplos que Kefah (Pedro) apresentou.
13 Depois que se calaram, Ya'akov, tomando a palavra, disse: Irmãos, ouvi-me:
14 Shimon relatou como primeiramente Elohim visitou os goyim para tomar dentre eles um povo para o seu Nome.
15 E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito:
16 Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de David, que está caído; reedificarei as suas ruínas, e tornarei a levantá-lo;
17 para que o resto dos homens busque a ADONAI, sim, todos os goyim, sobre os quais é invocado o meu nome,
18 diz o Senhor que faz estas coisas, que são conhecidas desde a antigüidade.
19 Por isso, julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os goyim, que se convertem a Elohim,
20 mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.
21 Porque Moshe, desde tempos antigos, tem em cada cidade homens que o preguem, e cada Shabbat é lido nas sinagogas.
Comentários:
Uma versão mais elaborada da decisão é apresentada abaixo, na qual eu comento particularmente o verso 20.
É bastante relevante que Ya’akov (Tiago) presume que aqueles gentios estarão ouvindo [a Torah] de Moshe pregada nas sinagogas no Shabbat.
Ya’akov (Tiago) demonstra aqui que os gentios teriam que manter um nível mínimo de pureza e aprender sobre a Torah ANTES de serem circuncisados.
Lembre-se de que o problema aqui era cronológico. Os opositores de Paulo propunham a seguinte cronologia:
  1. Ser circuncisado
  2. Obter a salvação/vida eterna
  3. Receber instrução na Torah de Moshe
Paulo apresenta uma outra cronologia para consideração do Beit Din (concílio):
  1. Obter a salvação/vida eterna
  2. Receber instrução na Torah de Moshe
  3. Ser circuncisado
Alguns tentam argumentar que Paulo ensinava que a circuncisão não era necessária, mas o próprio Paulo desmente isto. Paulo enfatiza bem em Atos 21 e 22 que NÃO FALOU contra a Torah. E a Torah diz que todos os da casa de Avraham, DESCENDENTES FÍSICOS OU NÃO, fossem circuncisados (vide Bereshit / Gênesis 17). Ou Paulo mentiu, ou jamais disse que a circuncisão não era necessária.
Mas, diante destas duas proposições, o que fez o Beit Din (Concílio)? O Beit Din concorda com Paulo.
22 Então pareceu bem aos emissários e aos anciãos com toda a kehilat escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Sha'ul e Bar Nabba, a saber: Yehudah, chamado Bar Sabba, e Sila, homens influentes entre os irmãos.
23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os emissários e os anciãos, irmãos, aos irmãos dentre os goyim em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saúde.
24 Portanto ouvimos que alguns dentre nós, aos quais nada mandamos, vos têm perturbado com palavras, confundindo as vossas almas, dizendo que deveríeis ser circuncisados e depois observar a Torah
Comentário:
Novamente, repare qual era a cronologia dos opositores de Paulo:
[1] Primeiro é necessário ser circuncisado
[2] E somente então deve-se observar a Torah
Cada vez que a posição deles é mencionada, é abreviada ainda mais (vide 15:1, 5 e 24)
Se juntarmos todas as citações, temos a versão extendida do argumento deles:
“1 Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moshe, não podeis ser salvos.”
“[Portanto] era necessário [primeiro] circuncidá-los [para depois] mandar-lhes observar a Torah de Moshe.”
Vemos que o Beit Din (Concílio) discordou desta cronologia.
25 pareceu-nos bem, tendo chegado a um acordo, escolher alguns homens e enviá-los com os nossos amados Bar Nabba e Sha'ul,
26 homens que têm exposto as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Yeshua HaMashiach.
27 Enviamos portanto Yehudah e Sila, os quais também por palavra vos anunciarão as mesmas coisas.
28 Porque pareceu bem à Ruach HaKodesh e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias:
29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá.
Comentários:
Note que a frase “maior encargo” não se refere a uma lista completa de coisas que eles deveriam fazer. Tanto que coisas tais como “não matar”, “não roubar”, etc. não são mencionadas. Porém, as coisas questionáveis feitas normalmente pelos gentios são justamente aquelas que são abordadas. Não há dúvidas de que os gentios não podiam matar nem roubar, apesar de tais coisas não constarem na lista.
Portanto o limite da idolatria seria estendido para incluir o comer carne sacrificada a ídolos. Com isto em mente, estas recomendações em muito se assemelham às sete leis de Noach (Noé), considerada pelos rabinos como sendo o mínimo necessário para um gentio se relacionar com D-us.
Estas leis eram um mínimo para que tais gentios pudessem interagir com a comunidade observante da Torah, enquanto ainda estivessem aprendendo a Torah.
ADENDO: GÁLATAS 5
Posteriormente, vemos que Paulo volta a lidar com o assunto em Gálatas 5, com sua posição agora legitimada pelo Beit Din (Concílio). O livro de Gálatas foi escrito por volta da mesma época de Atos 15.
Paulo novamente questiona a salvação por obras defendida por seus adversários. Chega a dizer que se eles se apoiarem na circuncisão para salvação, é inútil crer no Messias:
2 Eis que eu, Sha'ul, vos digo que, se vos deixardes circuncidar [por legalismo], o Mashiach de nada vos aproveitará.
Claro, se fôssemos salvos pela circuncisão, pra quê Yeshua precisaria ter morrido por nós? O erro aqui é o mesmo que é cometido pelos campbelitas.
Além disto, Paulo mais uma vez mostra que a salvação vem do coração, e que não importa se a pessoa, quando recebe o Messias, ainda não é circuncisada. Porque a salvação é em Yeshua:
6 Porque no Mashiach Yeshua nem a circuncisão nem a incircuncisão importa [para a salvação]; o que importa [para salvação] é a fé que opera pelo amor.
A frase acima poderia ter sido dita aos campbelitas, trocando “circuncisão” por “batismo”, e nem por isso estaríamos falando contra o batismo.
Tanto batismo quanto circuncisão são questão de obediência, e não de salvação.

Lição #1 Para Iniciantes da Torah

Como Estudar a Torah
Por Rabino Edward L. Nydle
Traduzido por: Shlomo Ben Avraham

Shalom a Todos vocês! Os Eframitas que são novos no estudo da Torah precisam de algumas bases para ajudar-lhes a entender como estudar e interpretar a Torah. Isto lhes ajudará a entender as mitzvot contidas na Torah e sua aplicação. Permitam-me ajudar-lhes compartilhando com vocês alguma informação útil a respeito da aprendizagem da Torah que fará uma grande diferença e evitará que caiam no erro de interpretar versos e textos incorretamente.
Nenhum tipo de comunicação, seja escrita ou oral, verbal ou não verbal, pode-se compreender sem interpretação. Freqüentemente interpretamos sem estar sequer conscientes da maneira COMO atingimos dita interpretação e raciocínio. A Torah deve ser interpretada para entendê-la. Portanto, temos que saber as regras de interpretação para não nos equivocar e saber o que diz realmente a Torah. Más interpretações implicam a um mau entendimento. Um mau entendimento implica em uma doutrina falsa!
Assumimos que todos estamos de sobre a fonte de inspiração da Torah e que YHVH nos a deu através de Moshe. Portanto cada letra devem ser levada em conta seriamente. Os Sábios nos ensinam que cada passagem da Torah tem 70 facetas, com respeito aos 70 membros do Sanedrín, cuja função era interpretar a lei. A Torah tem muitos níveis de significado intencionado para o leitor. Também, a interpretação da Torah dever ter um grande respeito pelo significado de cada palavra e frase no texto. YHVH colocou na Totah tudo o que o leitor precisa para entender o texto! É nosso dever mergulhar profundamente no texto para descobrir o que o Eterno está nos dizendo.
Os Rabinos estabeleceram quatro categorias de interpretação da Torah chamadas :
PDRS ou PaRDeS = paraíso

  • Pshat, o significado literal e simples do texto.
  • Drash, o significado homilético (deste MiDrash)
  • Remez, o significado escondido
  • Sod, o oculto, misterioso.
O Pshat é o significado básico de um texto. Nenhuma interpretação da Escritura abandona seu Pshat - Sentido Simples! Isto significa que NÃO IMPORTA QUE OUTRAS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO SE APLICARAM AO TEXTO, O TEXTO SEMPRE RETÉM SEU SENTIDO SIMPLES E TERÁ QUE SER CONSIDERADO DESSA MANEIRA! Ainda o Pshat tem muitos níveis de interpretação. Isto significa que devemos aplicar as regras e conhecimentos da gramática, a sintaxe, a história, a cultura, a geografia, e precisamente dar-lhe sentido comum e literal ao texto. Recorde que a interpretação procura a simplicidade como seu objetivo para o entendimento. A interpretação singela é preferível à complicada ou complexa. Uma interpretaçãoque resolva muitas das dificuldades propostas pelo texto tem um tom de veracidade para adjudicar-lhe.
O ponto de partida para toda interpretação da escritura é saber o que o texto nos está dizendo-nos. Isso é óbvio! Mas ainda conhecendo o que cada palavra ou oração significa não é tão óbvio. Isso significa que temos que TRABALHAR DESDE O TEXTO HEBRAICO ORIGINAL. As traduções são somente tentativas humanas para interpretar o texto e TODAS As TRADUÇÕES SÃO DISCUTÍVEIS! Isto coloca a pessoa que somente sabe Inglês ou Espanhol em desvantagem, ainda ao estudante que está em seus inícios no estudo do Hebraico. Dessa forma o que o Eterno disse fica a merce dos tradutores. Não podemos aproximar-nos a nenhum texto de maneira casual porque poderíamos perder a oportunidade de ver que erros há dentro do texto. Isto requer algum conhecimento do idioma Hebraico.
Depois, devemos considerar a maneira em que o texto está expressado. Isto quer dizer que temos que lhe pôr atendimento aos adjetivos, substantivos, pronomes, e o uso apropriado dos substantivos num texto. Procuramos o jogo de palavras, a repetição, associação de palavras, os matizes verbais, e as semelhanças. Devemos expressá-lo verbalmente para entender o texto.
Uma das regras da Hermenêutica é que devemos interpretar sobre a base texto - contexto. Isto significa que qualquer texto deve ser interpretado e é dependente de seu contexto e meio ambiente. Isto significa que cada parte da passagem deriva seu significado do contexto que o rodeia. Um texto fora de contexto é um pretexto. Isto é chamado a Proximidade principal indícios obtidos para a interpretação dos textos, capítulos e livros vizinhos.
A Torah é um documento unificado. Devemos também procurar similitudes entre os textos. Para entender um texto da Torah, um deve estar familiarizado com outra seção ou com toda a Torah.
Há palavras ou frases raras que aparecem em diferentes segmentos da Torah. Isto nos ajuda a relacionar dois versos e seções aparentemente sem nenhuma relação por associação verbal dentro dos dois textos.
Devo enfatizar que temos que tomar um texto em seu valor nominal ou em seu Sentido Simples. Muitas pessoas que não estão familiarizadas com as regras de Interpretação da Torah tratam de espiritualizar ou alegorizar seus textos! Temos que saber se estamos tratando com poesia, profecia, história, canção, mandamentos ou mitzvot. Não podemos alegorizar uma porção das leis da Torah. Temos que ver o sentido simples e pôr-nos em suas circunstâncias DO MOMENTO para encontrar o significado do texto.
Há uma GRANDE diferença entre dizer, "Este verso SIGNIFICA isto e isto" e dizer "Este verso pode servir como uma ilustração ou princípio para ensinar a respeito disto e isto". Ao afirmar o primeiro estamos atribuindo um significado literal específico ao texto, enquanto a segunda afirmação nos poderia ajudar a compreender outro texto ou princípio dentro da Torah. É muito importante que entendamos as regras de interpretação da Torah. Se não aplicamos esta regra então mal interpretaremos muitos dos aspectos legais básicos dos mandamentos da Torah que YHVH nos deu e trataremos de espiritualizar. Podemos chegar ao significado literal do texto depois de um estudo cuidadoso do texto e seu significado original inspirado por YHVH. No entanto, podemos dizer que este serve como uma ilustração de um princípio dentro das Escrituras sem afirmar que este seja o significado original do texto. Isto se dá especialmente quando tentamos pôr estes princípios em nossas vidas através da prática. PÔR EM PRATICA DITOS PRINCÍPIOS É O ULTIMO PASSO DA INTERPRETAÇÃO TEXTUAL! É AÍ ONDE NOS VOLTAMOS DESONESTOS NA INTERPRETAÇÃO OU MANEJO DO TEXTO E A TOTAH. NÃO PODEMOS ATRIBUIR SIGNIFICADOS AO TEXTO OU DECIDIR QUE NÃO ESTÃO NO PRECEITO ORIGINAL. Permitam-me dizer o seguinte com respeito à aplicação prática - DEVEMOS tentar ver COMO se aplicavam estes mandamento ou preceitos no antigo Israel, e VER O QUE entendiam do texto. Nós também precisamos ver " COMO O POVO APLICA ESTE MANDAMENTO OU PRECEITO HOJE EM DIA! Eles não têm todas as coisas corretas; no entanto, eles TÊM A MAIORIA DAS COISAS! Eles preservaram a Torah para nós por milhares de anos! Lemos no Brit Chadasha:
"Que vantagem tem, pois, o judeu? ou de que aproveita a circuncisão? MUITO e de todas maneira. Primeiro, certamente, que LHES foi confiada a PALAVRA DE ELOHIM.” Rom. 3:1-2
Recorde que o Rolo da Torah não está escrito com nenhum capitulo ou em versos. As orações não estão demarcadas ou divididas. Estas são adições Medievais "Cristãs" às Escrituras e algumas vezes tendem a turvar mais as águas em vez de ajudar! Algumas vezes interrompem idéias completas com as divisões por capítulo. No Rolo Hebreu não há nenhuma forma de pontuação nem ponto vocálico. Todos estes foram adicionados mais tarde pela tradição Oral Massorética.
Assim que, não podemos sempre confiar no ponto vocáico para conhecer a palavra Hebraica correta ou sua pronunciação. Muitos textos foram mudados pelos Massoretas para esconder os
versos e as palavras que faziam referência a Yeshua como o Mashiach. Um ponto vocálico pode mudar o sentido ou significado de todo um verso!
Temos que nos tornar experientes do texto! Temos que estudar, estudar, e estudar! Temos que nos familiarizar com todas as ferramentas do estudante das Escrituras! Temos que nos voltar ardentes usuários das variadas Concordâncias, Dicionários, Enciclopédias, Comentários, e trabalhos dos Sábios. Ter bons materiais de referência é um DEVER para os estudantes sérios. UMA PALAVRA DE ADVERTÊNCIA: temos que estar consciente dos preconceitos dos escritores e compiladores das diferentes obras.
Devemos também depender da Ruach HaKodesh (Espírito Santo) para que seja nosso maestro da Torah. Tehilim (Salmos) 119:18 diz: "Abre meus olhos, e olharei as maravilhas de Tua Torah".
Yeshua disse, "Mas quando vier o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu Nome, lhes ensinará e lhes recordará tudo o que lhes disse" Yochanan (João) 15:26. Procure passagens na Torah quando estiver lendo a Brit Chadasha (Novo Testamento). Isto ajudará ao Espírito que lhe mostre como as primeiras Congregações no Mashiach interpretavam a passagem, e também como eles o praticavam. É essencial para nós vermos o espírito por trás de cada preceito para entender em primeiro lugar PORQUE YHVH o ordenou a Israel. Isto significa que temos que conhecer o conteúdo E o espírito da lei. Cada mitzvah tem um sentido literal e espiritual. YHVH quer que conheçamos e ponhamos em PRÁTICA ambos!.
O estudo não é um fim em si mesmo. Temos que chegar a ser fazedores da palavra também. Chega o momento quando temos que aplicar às nossas vidas o ensino do que estamos aprendendo para crescer e chegar a ser o Israel Messiânico!
Cada professor da Torah deve animar a seus estudantes a praticar a Torah e a aplicar o que está aprendendo.
Por último: DEVEMOS ESTAR SEMPRE ABERTOS À POSSIBILIDADE DE APRENDER E COM O DESEJO DE MUDAR NOSSAS CRENÇAS OU OPINIÕES QUANDO AS ESCRITURAS NOS DEMONSTREM QUE ESTAMOS EQUIVOCADOS! Nenhum de nós tem toda a VERDADE. Devemos manter o desejo de conhecer diferentes ensinos e pontos de vista para ver se têm alguma validade de acordo ao que as Escrituras nos mostram.
Oro para que esta lição introdutória sobre a Torah tenha sido de ajuda para você como estudante da Palavra. YHVH lhe abençoe em seus estudos e no entendimento de Sua Palavra. E lhe conceda Sabedoria, Entendimento e conhecimento.

A Torá e o Mashiach

Uma Luz a Palavra de Elohim
Gaml'el Ben-Avraham
Baseado em textos de Sha'ul Ben-Tsion e David H. Stern
HaSatan é astuto como podemos observar em Lucas 16:8b - “(...) porque os mundanos possuem mais sekhel do que quem recebeu a luz ao lidar com o seu tipo de pessoas!”
A palavra sekhel significa “senso comum, inteligência, prática, esperteza”. “Modo astuto”, traduzido do grego por phronimôteroi eisin. Yeshua não está louvando a atitude corrupta do administrador em procurar ser o número um, mas sua habilidade e inteligência em perseguir o seu alvo equivocado. Quem deseja ser o número um, e destronar HaShem de seu trono eterno? Não é novidade para ninguém que HaSatan usa de meias-verdades para, se possível, confundir aos eleitos.
Dentro deste conceito, vejamos a obra maligna que ocorreu na tradução de Romanos 10, nas traduções da Bíblia:
“Ora Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas. Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)” - (Romanos 10:5-6)
Reparem na palavra "mas". Segundo o dicionário Houaiss, a conjunção "mas" é definida como: "conjunção adversativa - com variações de sentido, introduz o segmento que denota basicamente uma oposição ou restrição ao que já foi dito"
“As conjunções são pequenas palavras facilmente ignoradas, mas, em um argumento cuidadosamente considerado, elas podem ser de suma importância, chegando até a mudar todo o sentido do argumento.” (David H. Stern)
EM SUMA, a palavra "mas" é usada para mostrar oposição. Uma sutil tentativa de fazer oposição entre "Torá" e "graça." Contudo, a palavra "mas" não é encontrada nem no Texto Recebido (grego) nem na Peshitta (aramaico)! Foi uma invenção do padre Almeida!
Segue uma leitura mais fiel de Romanos 10:5-6 fiel ao grego, de David H. Stern:
"Porque Moshe escreveu sobre a justiça baseada na Torah: a pessoa que pratica estas coisas obterá a vida por intermédio delas (Lv 18:5). Além disso, a justiça baseada na confiança diz: 'Não diga no seu coração: 'quem subirá ao céu?'' - isto é, para trazer o Messias.”
Na Peshitta lemos: "Porque Moshe escreve que o homem que pratica a justiça que vem da Torá viverá por ela, e é a justiça que vem pela fé. Assim [Moshe] diz: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu e trará do alto ao Mashiach?"
Em Vaicrá/Levítico 18:5 encontramos: “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou Adonai.” Os dois mais importantes dos “estatutos e juízos” mencionados aqui são afirmados por Yeshua em Marcos 12:28-31:
“Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”
“Amar a HaShem”
(a Sh'ma, Devarim/Deuteronômeo 6:4-5) e “amar ao próximo como a si mesmo” (Vaicrá/Levítico 19:18). ambos estão baseados na confiança em HaShem: você não pode amar a Ele se não crê Nele como quem Ele diz que é e, uma vez que você e seu próximo foram feitos à imagem de Elohim, você não pode amar o próximo como a si mesmo no sentido que a Torá requer sem crer no Elohim que criou vocês dois. Portanto Vaicrá/Levítico 18:5, citado aqui por Sha'ul, respalda seu argumento de que a obediência à Torá requer confiança, não obras legalistas.
Vejam que Rav. Sha'ul (Paulo) em suas Cartas não antagoniza "Torá" e "graça", mas sim complementa a questão do viver a Torá, mostrando que o viver a Torá é pela fé. Só uma palavra acrescentada, uma palavrinha inocente, um "mas", e dá-se margem a todo o sistema teológico do anti-messias: o de operar a desobediência.
Agora vejam que interessante. Vemos claramente uma citação de Rav. Sha'ul (Paulo) a Devarim/Deuteronômio 30:11-14. Porém, quando olhamos para essa passagem, encontramos:
“Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires.”
Ou seja, Rav. Sha'ul (Paulo) faz aqui um belíssimo Remez. Ao citar, falando do Messias, um texto que fala da Torá, ele está nos mostrando que o Messias e a Torá são UM – não há como dividi-los.
As implicações disso são fantásticas, pois podem ser encontradas em ambos os lados da equação do Remez de Rav. Sha'ul (Paulo): não há como viver a Torá sem a fé no Messias, e não há como viver a fé do Messias sem viver a Torá.
A Palavra de YHWH é viva. Basta voltarmos a ela, e caem as escamas de seus olhos. (Atos 9:18) - “Naquele momento, algo semelhante a escamas caiu dos olhos de Sha'ul; e ele pôde enxergar outra vez. Ele se levantou e foi imerso.”

Shabat ou Domingo

O que é certo cumprir
Por Gaml'el Ben-Avraham

“Ouvi agora isto, ó povo insensato, e sem coração, que tendes olhos e não vedes,
que tendes ouvidos e não ouvis.” - (Irmiáhu/Jeremias 5:21)

“Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve; porque eles são casa rebelde.” - (Iehezkel/Ezequiel 12:2)

“E disse-me o homem: Filho do homem, vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, e põe no teu coração tudo quanto eu te fizer ver; porque para to mostrar foste tu aqui trazido; anuncia, pois, à casa de Yisra'el tudo quanto vires. E disse-me Adonai: Filho do homem, pondera no teu coração, e vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, tudo quanto eu te disser de todos os estatutos da casa de Adonai, e de todas as suas leis; e considera no teu coração a entrada da casa, com todas as saídas do santuário.” - (Iehezkel/Ezequiel 40:4-5)

Primeiramente, necessitamos compreender o tema referente a dias e semana, pois isto tornará mais compreensível o tema referido.
O Dia:
O dia é a unidade de tempo sem qualquer controvérsia nas Escrituras. A orá começa dizendo:
“Vayikra Elohim loor yom velachoshech kara LAILA VAYEHI-EREV VAYEHI-VOKER YOM ECHAD.”

“E Elohim chamou à luz de dia; e às trevas chamou noite. E FOI A TARDE E A MANHÃ, O DIA PRIMEIRO.” (Bereshit/Gênesis 1:5)

A Torá afirma que foi a tarde e a manhã, o primeiro dia. A afirmação é bastante explícita. O “primeiro dia”, conforme definido por Elohim, era composto de “tarde” e “manhã”.
O termo aqui traduzido como “tarde” na realidade vem da raiz hebraica que significa “escuro” ou “escurecer”. É a mesma palavra usada para “árabe” - que literalmente significa “de pele escura”. Já o termo “boker”, que é traduzido como “manhã” vem da raiz que significa “visitar, aparecer”. Ou seja, refere-se ao momento em que o sol, ou os raios solares, começam a aparecer.
Podemos ver nas Escrituras que Elohim fez:
“(...) o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.” - (Bereshit/Gênesis 1:16)
Se levarmos em consideração ambos os fatores, podemos chegar à conclusão de que “erev” começa no momento em que o sol se põe (isto é, termina o seu “governo” sobre o dia) e “boquer” começa no momento em que o sol se levanta.
Ao longo de todo o relato da criação, vemos que o dia é sempre composto de “erev” e boker”, nesta ordem. Ou seja, o dia é composto de “um período após o pôr-do-sol” juntamente com outro período “após o nascer do sol”. Quando o sol se põe novamente, começa um novo dia. Ou seja, o dia – e aqui entenda-se “dia” como “período de 24 horas” e não apenas o período diurno – é calculado de pôr-do-sol a pôr-do-sol.
A Semana
O critério abaixo é o mais trivial, e não é muito controverso. Elohim criou o mundo em seis dias, e no sétimo descansou. Dessa forma, não criou apenas o mundo, mas também a semana.
A semana é composta por seis dias de trabalho, e no sétimo dia, isto é, do pôr-do-sol que encerra o sexto dia ao pôr-do-sol que encerra o sétimo dia, temos o Shabat:
“E havendo Elohim acabado no dia sexto a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Elohim o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Elohim criara e fizera.” - (Bereshit/Gênesis 2:2-3)
Naturalmente que isto significa que o oitavo dia é, na realidade, o primeiro dia da semana seguinte:
“Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat de Adonai teu Elohim (...).” - (Shemot/Êxodo 20:9-10)
A Torá também nos introduz ao fato de que as semanas eram uma unidade de tempo presente na vida do povo:
“Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara iniciarás a contar as sete semanas.” - (Devarim/Deuteronômio 16:9)
A palavra “shavua” no hebraico vem da raiz “cbv”, que significa “sete!. Ou seja, de fato a semana é um período de sete dias.
A Confusão dos Dias Atuais
Em meio a tantas diferentes correntes doutrinárias na atualidade, como saber a verdade?
A Bíblia tem a resposta:
“Assim diz YHWH: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas.” - (Yirmiyahu/Jeremias 6:16)
O Dominus Dei – Dia de Domingo
Algumas declarações da própria Igreja Católica acerca do Dominus Dei (o domingo):
O próprio papa: "Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado pelo Eterno, recebido e observado, não somente pelos judeus mas por todos os outros que pretendiam adorar ao Eterno, embora nós, tenhamos mudado o Seu Sábado para o domingo." [Thomas Morer, Discourse in Six Dialogues on the Name, Notion, and Observation of the Lord's Day, pág. 281 e 282]
Concílio de Laodicéia (364 ad), Cânon 29: "Os cristãos não devem judaizar e descansar no Sábado, mas sim trabalhar neste dia; devem honrar o dia do S.nhor (domingo) e descansar, se for possível, como cristãos. Se, entretanto, forem encontrados judaizando, sejam excomungados por Cristo." [Hefele, History of the Councils of the Church, vol. II, livro 6, sec. 93, pág. 318]
"O domingo é uma instituição católica e suas reivindicações de observância podem ser definidas unicamente em princípios católicos... Desde o princípio até o fim das Escrituras não há uma só passagem que autorize a mudança do dia de adoração pública semanal do último dia da semana ao primeiro." The Catholic Press of Sidney, Austrália, 25 de agosto de 1999]
"O protestantismo, ao descartar a autoridade da igreja (Católica), não tem boas razões para sua teoria referente ao domingo e deve, naturalmente, guardar o Sábado como dia de descanso." [John Gilmary Shea, American Catholic Quarterly Review, janeiro, 1883.]
"Fazemos bem em recordar aos presbiterianos, batistas, metodistas e todos os demais cristãos que a Bíblia não os aprova em nenhum lugar em sua observância do domingo. O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam este dia observam um mandamento da Igreja Católica." [Priest Brady, em um discurso relatado no Elizabeth, N. J. News, 18 de marco de 1903]
"Pergunta: 'Tendes alguma outra maneira de provar que a Igreja (Católica) tem o poder de instituir dias festivos por preceito?' Resposta: 'Se ela não tivesse semelhante poder, não poderia ter feito tudo quanto os religiosos modernos estão de acordo. Não teria substituído a observância do sábado do sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, uma mudança para a qual não existe autoridade nas Escrituras.’" [Stephan Keerran, em A Doctrinal Catechism, 176]
"A razão e o senso comum exigem a aceitação de uma outra destas alternativas: o protestantismo e a observância e santificação do Sábado, ou o catolicismo e a observância e santificação do domingo. Um compromisso ou acordo é impossível." The Catholic Mirror, l3 de dezembro de 1893]
"O Eterno simplesmente concedeu à Sua Igreja (Católica) poder para dispor qualquer dia ou dias que achar apropriado(s) como dia(s) sagrado(s). A Igreja escolheu o domingo, primeiro dia da semana e, no decurso dos anos, adicionou outros como dias sagrados." [Vicent J. Kelly, Forbidden Sunday and Feast-Day Occupations, pág. 2]
O papa Inocêncio III declarou que o pontífice romano é "o representante sobre a Terra, não de um mero homem, mas do próprio Eterno." [Veja Decretals of the Lord Pope Gregory IX, livro 1, tít. 7, cap. 3, Cop. Jur. Canon (2ª ed. de Leipzig, 1881), col. 99]
"Nós temos nesta Terra o lugar de Eterno Todo-Poderoso." [Papa Leo XIII, carta encíclica Ad Extremas, 24 de junho de 1893] "Não o Criador do Universo, em Gênesis 2:1-3; mas a Igreja Católica pode reivindicar para si a honra de haver outorgado ao homem um repouso a cada sete dias." [S.D. Mosna, Storia della Domenica, 1969, págs. 366 e 367]
"Se os protestantes seguissem a Bíblia, adorariam ao Eterno no dia de Sábado. Ao guardar o domingo, estão seguindo uma lei da Igreja Católica." [Albert Smith, Chanceler da Arquiocese de Baltimor, respondendo pelo Cardeal, numa carta datada em 10 de fevereiro de 1920]
"Nós (o Vaticano) definimos a Santa Sé Apostólica, e o Pontífice Romano tem a supremacia sobre todo o mundo." [Um decreto do Concílio de Trento, citado por Philippe Labbe e Gabriel Cossart, em The Most Council]
"Foi a Igreja (Católica) que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso (do Sábado bíblico) para o domingo... Então, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que rendem à autoridade da Igreja (Católica), apesar deles mesmos." [Monsenhor Louis Segur, Plan Talk About the Protestantism of Today, pág. 213]
"Os protestantes... aceitam o domingo no lugar do Sábado como dia de pública adoração após a Igreja Católica ter feito a mudança... Mas a mentalidade protestante não parece perceber que observando o domingo, está aceitando a autoridade do porta-voz da igreja, o papa." Our Sunday Visitor, 5 de fevereiro de 1950]
"Nós, os Católicos, então, temos precisamente a mesma autoridade para santificar o domingo em vez do Sábado, como temos, para cada outro do nosso credo, vale dizer; autoridade da Igreja... enquanto que vós os protestantes, realmente não têm nenhuma autoridade; pois não têm autoridade para ele na Bíblia (o santificar o domingo), e vós não permitis que possa haver autoridade para ele em outro lugar. Tanto vós como nós, seguimos as tradições neste assunto; mas nós as seguimos crendo que são parte da palavra de Deus e que a Igreja (Católica) tem sido divinamente nominada guardiã e intérprete. Vós seguis a Igreja (Católica) ao mesmo tempo denunciando-a como uma guia falível e falsa, que freqüentemente tem invalidado o mandamento de Deus pela tradição." [Os irmãos de S. Paulo, The Clifton Tracts, vol. 4. Pág. 15]
"Podeis ler a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma só linha a autorizar a santificação do Domingo. As Escrituras exalta a observância religiosa do Sábado, dia que nós nunca santificamos." [Cardeal James Gibbons, The Faith of Our Fathers, Edição de 1893, pág. 111]
Não tivesse ela (igreja Católica) tal poder, não teria feito aquilo em que todas as modernas religiões com ela concordam - a substituição da observância do Sábado, o sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana, mudança para a qual não há nenhuma mudança escriturística." A Doctrinal Catechism, pág. 174]
"Observamos o domingo em lugar do Sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodicéia (364 ad), transferiu a solenidade do sábado para o domingo." [Rev. Peter Geiermann, CSR, The Convert's Catechism of Catholic Doctrine, segunda edição, pág.50] - O livro The Convert's Catechism of Catholic Doctrine recebeu em 25 de janeiro de 1919 a "bênção apostólica" do Papa Pio X e está a venda nesse site católico:
"A Igreja (Católica) mudou a observância do Sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo." Boletim Católico Universal, pág. 4, de 14 de agosto de 1942]
Resta ainda alguma dúvida?
(Shemot/Êxodo 15:26) - “E disse: Se ouvires atento a voz de Adonai teu Elohim, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Adonai que te sara.”
(Ióv/Jó 13:1) - “EIS que tudo isto viram os meus olhos, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam.”
(Ieshaiáhu/Isaías 32:3-4) - “E os olhos dos que vêem não olharão para trás; e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos. E o coração dos imprudentes entenderá o conhecimento; e a língua dos gagos estará pronta para falar distintamente.”
(Ieshaiáhu/Isaías 43:7) - "A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz."
(Ieshaiáhu/Isaías 43:8-9) - “Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos, que têm ouvidos. Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isto, e fazer-nos ouvir as coisas antigas? Apresentem as suas testemunhas, para que se justifiquem, e se ouça, e se diga: Verdade é.”
“Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.” - (Mattityahu/Mateus 13:16)
O Shabat
O Shabat é tão importante que podemos ver este tema sendo referido 142 vezes na Bíblia. A palavra de HaShem diz em Shemot/Êxodo 20:8: “Lembra-te do dia do Shabat, para o santificar.”, ou seja Shabat e não domingo!
Vemos nas Escrituras que: "No início HaShem criou os céus e a terra…" (Bereshit/Gênesis 1:1) "Durante seis dias HaShem criou. E HaShem viu tudo que Ele tinha feito e, era muito bom… Era noite e era manhã, o sexto dia. E os céus e a terra e tudo que havia. E HaShem completou no sexto dia Sua obra que Ele tinha feito; e Ele descansou no sétimo dia de toda a Sua obra que Ele tinha feito. E HaShem abençoou o sétimo dia, e o santificou, porque nele Ele descansou de toda sua obra que HaShem tinha criado…" (Bereshit/Gênesis 1:31-2:3)
(Shemot/Êxodo 31:13) - “Tu, pois, fala aos filhos de Yisra'el, dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou Adonai, que vos santifica.”
A palavra de HaShem é clara e precisa, o Shabat “é um sinal entre mim (HaShem) e vós (seu povo)”. Por quanto tempo deve-se seguir este sinal? “ Nas vossas gerações” ou seja, para sempre. Em Shemot/Êxodo 31:16, isso fica ainda mais claro: “Guardarão, pois, o Shabat os filhos de Yisra'el, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua.” ALIANÇA PERPÉTUA! Porquê fazê-lo? “Para que saibais que eu sou Adonai, que vos santifica.”
(Shemot/Êxodo 31:14) - “Portanto guardareis o Shabat, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será eliminada do meio do seu povo.”
Quando HaShem dá a Moshé (Moisés) os Dez Mandamentos, Ele diz detalhadamente o que Ele quer de nós no quarto mandamento: (Shemot/Êxodo 20:8-11) - “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat de Adonai teu Elohim; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez Adonai os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou Adonai o dia do Shabat, e o santificou.”
Como podemos querer hoje em dizer hoje em dia que HaShem falou que podemos descansar qualquer dia semana? Apenas o Shabat é santificado e exigido por HaShem para ser guardado como um dia de descanso e dedicado a Ele. Qualquer outro dia é hipocrisia humana, é rebeldia contra a própria Palavra de Elohim.
Em Devarim/Deuteronômio (5:12-15) a Palavra frisa ainda mais: “Guarda o dia de Shabat, para o santificar, como te ordenou Adonai teu Elohim. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho. Mas o sétimo dia é o Shabat de Adonai teu Elohim; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que Adonai teu Elohim te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso Adonai teu Elohim te ordenou que guardasses o dia de Shabat.”
Lembra-te tu que dizes ser remido, que um dia HaShem através de Yeshua HaMashiach te tirou do Egito (do mundo da perdição) e te trouxe a vida!
(Vaicrá/Levítico 19:30) - “Guardareis os meus Shabatot, e o meu santuário reverenciareis. Eu sou o Adonai.” Quem hoje é o santuário da Ruach HaKodesh (Espírito Santo)?
No entanto, hoje as pessoas se valem apenas do que esta escrito na Brit Chadashá (Aliança Renovado, ou Nova Aliança), se apegando ao texto de Mattityahu (Mateus) 12:1-8 que diz: “NAQUELE tempo passou Yeshua pelas searas, em um Shabat; e os seus talmidim, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer. E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado. Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez David, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Elohim, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa? Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do homem até do Shabat é Senhor.”
Então vamos escrutinar estes versículos baseado nos comentários de David H. Stern: O argumento dos fariseus não era sobre se era permitido pegar um grão com as mãos do campo d outra pessoa, pois isso é permitido expressamente por Devarim/Deuteronômio 23:25 que diz: “Quando entrares na seara do teu próximo, com a tua mão arrancarás as espigas; porém não porás a foice na seara do teu próximo.”, mas se isso poderia ser feito em um Shabat. Um assunto por trás desse ema aparentemente menor é a tradição farisaica – que envolvia o que o judaísmo rabínico chama de Torá Oral (ou Lei Oral), posteriormente comprometida em escrever no Mishna, no Guemara e e outras obras – é a revelação de HaShem para o homem e presente em todos os judeus. De acordo com a Torá Oral como nós a temos agora no Mishna (Shabat 7:2), 39 categorias de m'lakhah (trabalhos) são proibidas no Shabat, enquanto o Tabernáculo estava sendo construído. Uma delas era colher, outra era debulhar os grãos. No v.1 vemos que os talmidim (discípulos) estavam colhendo; na passagem paralela em Lucas 6:1 “E aconteceu que, no Shabat segundo-primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam.”, eles também estavam esfregando as espigas com as mãos. Esse é o conteúdo da acusação que os fariseus estavam fazendo contra eles e, por implicação, contra Yeshua, responsável como seu mestre pelo comportamento deles.
Embora Vaicrá/Levítico 24:5-9 permita apenas que kohanim coma os pães da Proposição, postos de lado em exibição diante da arca na Casa de Elohim (Tabernáculo),1 Samuel 21:2-7 reconta como o Rei David e o sacerdote Aimeleque violaram esse mitzvah da Torá Escrita – que os fariseus aceitariam como tendo mais autoridade do que uma regra na Torá Oral. Um argumento kal v'chomer está subentendido.
A própria Torá especifica que alguns mitzvot são mais importantes do que outros. Guardar o Shabat é importante, mas os sacrifícios de animais requeridos por Bamidbar/Número 28:1-10 são mais, assim os kohanim trabalham no Shabat para oferecê-los (o serviço do Templo tem predominância sobre o Shabat).
Em Marcos 2:27-28 também lemos: “E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.” Esta passagem do Talmud transmite a mesma mensagem do v.27: “O rabino Yonatan ben-Yosef disse: 'Pois ele [o Shabat] é santo para vós' (Shemot/êxodo 31:14). Ou seja, é posto em suas mãos, não vocês em suas mãos” (Yoma 85b).
Uma passagem similar aparece no Mekhilta, Shabata 1:1 em Shemot/êxodo 31:12-17, onde o dito é atribuido ao rabino Shim'on Ben-Menasya.
Pode ser, assim, que o comentário de Yeshua no v.28, que “o Filho do Homem é Senhor até mesmo do Shabat”, não se refere apenas a si, mas a todos, uma vez que a expressão hebraica ben-adam (literalmente “filho do homem”) pode significar apenas “homem, pessoa”, sem um tom messiânico: “as pessoas controlam o Shabat”, e não o contrário.
[Comentário Judaico do Novo testamento, David H. Stern, pág. 70-71, 115]
"Se você não profanar o Shabat e para não fazer o que bem quiser em meu dia santo; se você chamar delícia o Shabat e honroso o santo dia de Adonai, e se honrá-lo deixando de seguir o seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá em Adonai a sua alegria…" - (Yeshayahu/Isaías 58:13,14a)
Conclusão:
“Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.” - (Mattityahu/Mateus 13:15)
Assim vimos que o Shabat de Elohim instituído e sanificado para nós não é o dia de domingo, bem como também não é o dia de sábado no calendário gregoriano ao qual vivemos hoje; mas sim, o Shabat tem seu início no pôr-do-sol de sexta feira e tem seu término no entardecer de sábado.
“Porquanto o coração deste povo está endurecido, E com os ouvidos ouviram pesadamente, E fecharam os olhos, Para que nunca com os olhos vejam, Nem com os ouvidos ouçam, Nem do coração entendam, E se convertam, E eu os cure.” - (Atos 28:27)
(Yochanan/João 8:32) - “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Yeshua é a verdade, Yeshua é a Palavra, o Verbo e; a Palavra é a Torá. Assim sendo, o próprio Yeshua é a Torá, e não há como nos dizer que servimos a Yeshua se não seguimos a Palavra (a Torá).
(I Pedro 1:16) - “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.”

domingo, 19 de abril de 2009

As 12 Tribos de Yisra'el

A Dispersão de Yisra'el

A seguir, não me utilizo de nenhuma palavra que não esteja escrita na Bíblia para mostrar e falar da verdade de Elohim a todos aqueles que tiverem olhos para ver e ouvidos para ouvir o que a Ruach Hakodesh tem a dizer!

Mattityahu (Mateus) 15:21-28
21 – Yeshua saiu daquele lugar e retirou-se para a região de Tzor e de Tzidon.
22 – Uma mulher de Kena'an, que morava ali, veio a ele, gritando, “Filho de David! Minha filha é mantida sob poder de demônios e está sofrendo muito!”
23 – Mas Yeshua não lhe disse nenhuma palavra. Então seus talmidim se aproximaram dele e pediram: “Mande-a embora, porque ela está nos seguindo, e seus gritos são insuportáveis.”
24 – Ele respondeu: “Eu fui enviado apenas para as ovelhas perdidas da casa de Yisra'el”.
25 – A mulher veio, caiu a seus pés e disse: “Senhor, ajude-me!”.
26 – Ele respondeu: “Não é certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cães de estimação”.
27 – Disse ela: “Isso é verdade, senhor, mas até mesmo os cães comem as sobras que caem da mesa de seus donos.”
28 – Então Yeshua respondeu-lhe: “A senhora é uma mulher que possui muita confiança (emuna)! Que o seu desejo seja atendido. E naquele mesmo instante sua filha foi curada.
Mattityahu (Mateus) 10:5-7
5 – Yeshua enviou os doze com as seguintes instruções: Não entrem no território dos goyim (gentios), nem entrem em qualquer cidade se Shomrom,
6 – mas em vez disso, vão às ovelhas perdidas da casa de Yisra'el.
7 – Por onde forem, proclamem esta mensagem: 'O Reino do Céu esta próximo',
Lucas 19:1-10
1 – Yeshua entrou e Yericho e atravessava a cidade,
2 – quando um homem chamado Zakkai apareceu; ele era chefe dos coletores de impostos, um homem muito rico.
3 – Estava tentando ver quer era Yeshua, mas, por ser de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão.
4 – Por isso, ele correu adiante e subiu em uma figueira para vê-lo, porque Yeshua ia passar por aquele caminho.
5 – Quando Yeshua chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: “Zakkai, rápido! Desça, porque quero ficar em sua casa hoje!”.
6 – Então ele desceu tão rápido quanto pôde e recebeu Yeshua com alegria.
7 – Todos os que viram isso começaram a se queixar: “Ele se hospedou na casa de um pecador”.
8 – Mas Zakkai levantou-se e disse ao senhor: “Olhe, Senhor! Estou dando a metade do que possuo aos pobres; e se enganei alguém, devolverei pagando quatro vezes mais”.
9 – Yeshua disse: “Hoje salvação chegou a esta casa. Este homem também é filho de Avraham.
10 – Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”.
Ieshaiáhu (Isaías) 49:5-6
5 – E agora o Eterno me disse que desde o seio materno me formou para ser seu servo, para que lhe trouxesse de volta Jacob, e para que, perante Ele, convocasse Israel, porque a seus olhos sou honarado e Ele Se tornou minha força.
6 – Sim, Ele proclamou: Ainda é pouco seres somente Meu servo, para reerguer as tribos de Jacob e restaurar a descendência de Yisra'el; farei também de ti uma luz para as nações, para que Minha salvação se estenda aos confins da terra.
Melahim Alef (I Reis) 11:29-35
29 – Naquele tempo, saindo Iarovam de Jerusalém, o profeta Ahiá, o shilonita, encontrou-o no caminho, e ele estava vestido com uma roupa nova, e os 2 estavam sós no campo.
30 – E Ahiá pegou a roupa nova que vestia, rasgou-a em 12 pedaços
31 – e disse a Iarovam: 'Toma para ti 10 pedaços, porque assim diz o Eterno, o Elohim de Yisra'el “Eis que resgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei 10 tribos.
32 – Porém, ele terá uma tribo, por amor de Meu servo David e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Yisrael.
33 – Porque me deixaram e se prostraram diante de Ashtoret, a deusa dos sidoneus, diante de kenosh, o deus dos moavitas e diante de Milcom, o deus dos filhos de Amom, e não andaram nos Meus caminhos, para fazerem o que parece reto aos Meus olhos – os Meus estatutos e os Meus juízos – como David, seu pai.
34 - Todavia não tomarei da sua mão o reino todo; mas deixá-lo-ei governar por todos os dias da sua vida, por amor de Davi, meu servo, a quem escolhi, o qual guardou os meus mandamentos e os meus estatutos.
35 - Mas da mão de seu filho tomarei e reino e to darei a ti, isto é, as dez tribos.
Melahim Alef (I Reis) 12:20
20 – Sucedeu então que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, mandaram chamá-lo para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e não houve ninguém que seguisse a casa de Davi, senão somente a tribo de Judá.
Melahim Alef (I Reis) 12:25-33
25 – Jeroboão edificou Siquém, na região montanhosa de Efraim, e habitou ali; depois, saindo dali, edificou Penuel.
26 – Disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino para a casa de Davi.
27 – Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do Senhor, em Jerusalém, o seu coração se tornará para o seu senhor, Roboão, rei de Judá; e, matando-me, voltarão para Roboão, rei de Judá.
28 – Pelo que o rei, tendo tomado conselho, fez dois bezerros de ouro, e disse ao povo: Basta de subires a Jerusalém; eis aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.
29 – E pôs um em Betel, e o outro em Dã.
30 – Ora, isto se tornou em pecado; pois que o povo ia até Dã para adorar o ídolo.
31 – Também fez casas nos altos, e constituiu sacerdotes dentre o povo, que não eram dos filhos de Levi.
32 – E Jeroboão ordenou uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se celebrava em Judá, e sacrificou no altar. Semelhantemente fez em Betel, sacrificando aos bezerros que tinha feito; também em Betel estabeleceu os sacerdotes dos altos que fizera.
33 – Sacrificou, pois, no altar, que fizera em Betel, no dia décimo quinto do oitavo mês, mês que ele tinha escolhido a seu bel prazer; assim ordenou uma festa para os filhos de Israel, e sacrificou no altar, queimando incenso.
Não há nenhuma festa comemorada pelo povo judeu no oitavo mês. Esta é Haloween. Uma festa pagã. Por causa do pecado se tornaram escravos do povo assírio e se dispersaram por todo o mundo. Nossos antepassados eram adoradores de ídolos.

Ieshaiáhu (Isaías) 11:12-16

12 – Levantará um pendão entre as nações e ajuntará os desterrados de Israel, e és dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra.
13 – Também se esvaecerá a inveja de Efraim, e os vexadores de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá e Judá não vexará a Efraim.
14 – Antes voarão sobre os ombros dos filisteus ao Ocidente; juntos despojarão aos filhos do Oriente; em Edom e Moabe porão as suas mãos, e os filhos de Amom lhes obedecerão.
15 – E o Senhor destruirá totalmente a língua do mar do Egito; e vibrará a sua mão contra o Rio com o seu vento abrasador, e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes, e fará que por ele passem a pé enxuto.
16 – Assim haverá caminho plano para e restante do seu povo, que voltar da Assíria, como houve para Israel no dia em que subiu da terra do Egito.

Lucas 15:11-32

Parábola do Filho Pródigo
E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros do meu pai têm abundância de pão, e eu, aqui, pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado e matai-o; e comamos e alegremo-nos;Porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado.
E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou, e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.
Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito, para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda, com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
Mas era justo alegrarmo-nos, e folgar-mos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.

Ou seja, necessitamos regressar aos caminhos de HaShem com humildade e arrependimento.

Irmiáhu (Jeremias) 31:7-13
7 – Pois assim diz o Senhor: Cantai sobre Jacó com alegria, e exultai por causa da principal das nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o resto de Israel.
8 – Eis que os trarei da terra do norte e os congregarei das extremidades da terra; e com eles os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto juntamente; em grande companhia voltarão para cá.
9 – Virão com choro, e com súplicas os levarei; (TESHUVÁ – com arrependimento e humildade) guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito em que não tropeçarão; porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.
10 – Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas longínquas terras marítimas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho.
11 – Pois o Senhor resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele.
12 – E virão, e cantarão de júbilo nos altos de Sião, e ficarão radiantes pelos bens do Senhor, pelo trigo, o mosto, e o azeite, pelos cordeiros e os bezerros; e a sua vida será como um jardim regado, e nunca mais desfalecerão.
13 – Então a virgem se alegrará na dança, como também os mancebos e os velhos juntamente; porque tornarei o seu pranto em gozo, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza.
Nehemia (Nemias) 1:8-9
8. Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a teu servo Moisés, dizendo: Se vós transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos;
9. mas se vos converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.
Iehezekel (Ezequiéu) 34:6-16
6. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procurasse, ou as buscasse.
7. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:
8. Vivo eu, diz o Senhor Deus, que porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, pois se apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas;
9. portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:
10. Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos requererei as minhas ovelhas, e farei que eles deixem de apascentar as ovelhas, de sorte que não se apascentarão mais a si mesmos. Livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que não lhes sirvam mais de pasto.
11. Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei.
12. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas. Livrá-las-ei de todos os lugares por onde foram espalhadas, no dia de nuvens e de escuridão.
13. Sim, tirá-las-ei para fora dos povos, e as congregarei dos países, e as introduzirei na sua terra, e as apascentarei sobre os montes de Israel, junto às correntes d'água, e em todos os lugares habitados da terra.
14. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu curral; deitar-se-ão ali num bom curral, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel.
15. Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Deus.
16. A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer; a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; e a gorda e a forte vigiarei. Apascentá-las-ei com justiça.

Iehezekel (Ezequiéu) 37:16-19
16. Tu, pois, ó filho do homem, toma um pau, e escreve nele: Por Judá e pelos filhos de Israel, seus companheiros. Depois toma outro pau, e escreve nele: Por José, vara de Efraim, e por toda a casa de Israel, seus companheiros;
17. e ajunta um ao outro, para que se unam, e se tornem um só na tua mão.
18. E quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Porventura não nos declararás o que queres dizer com estas coisas?
19. Tu lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei a vara de José, que esteve na mão de Efraim, e as das tribos de Israel, suas companheiras, e lhes ajuntarei a vara de Judá, e farei delas uma só vara, e elas se farão uma só na minha mão.
ESTE É O MINISTÉRIO DE YESHUA, ELE NÃO VEIO CRIAR UMA NOVA RELIGIÃO!
Iehezekel (Ezequiéu) 37:20-28
20. E os paus, sobre que houveres escrito, estarão na tua mão, perante os olhos deles.
21. Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todos os lados, e os introduzirei na sua terra;
22. e deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações, nem de maneira alguma se dividirão para o futuro em dois reinos;
23. nem se contaminarão mais com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com qualquer uma das suas transgressões; mas eu os livrarei de todas as suas apostasias com que pecaram, e os purificarei. Assim eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
24. Também meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor só; andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos, e os observarão.
25. Ainda habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais; nela habitarão, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
26. Farei com eles um pacto de paz, que será um pacto perpétuo. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre.
27. Meu tabernáculo permanecerá com eles; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
28. E as nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre.

Restauração de Israel

LIBERDADE DE CIRCUNCISÃO PARA O ISRAEL DO NOVO PACTO

Pelo Chaver Moshe Yoseph Koniuchowsky
Tradução: Gaml'el Ben Abraham

A Torá nos ensina que os israelita pertencentes a todas as gerações tem que cumprir com três requisitos para poder comer do Pessach (Páscoa judaica) como co-herdeiros em Israel. Estes requisitos básicos se encontram no capítulo 12 de Êxodo. Para começar e, sobre tudo, o israelita ou estrangeiro (Ger) deve d ter o desejo e a inclinação de permanecer ou unir-se de maneira permanente ao povo de Israel. Se exige que tato o israelita (Judáh e Efraín depois do ano 921 BCE) como o Ger permaneçam estáveis na corporação de Israel (Êxodo 12:48). em segundo lugar, deve matar e comer o Cordeiro Pascoal tento ele quanto o resto de sua família e deve marcar a porta de sua casa com o sangue do animal. No contexto do Brit Chadasha, como é natural, os israelitas que confessam a sua fé no Messias Yeshua devem marcar com o sangue expiatório sobre os nossos corações, que é o lugar onde a Ruach Hakodesh reside e, deste feito, se diz que reside literalmente em seu interior. O terceiro e último requisito era o da circuncisão de todos aqueles que comiam o Cordeiro pascoal, que habitavam com o povo de YHWH. Êxodo 12:48 ensina que antes de receber o Cordeiro Pascoal e a liberação, cedida legalmente ao herdeiro legítimo em Israel, todos os homens deviam de submeter-se a uma circuncisão ou Brit Milah.
As três ordenanças da Pascoa Judaica eram obrigatórias como Torá (Êxodo 12:49) para todo Israel, tanto para os que eram israelitas, desde o ponto de vista biológico, como para os gerim. Portanto, todos os que compartilhavam desta comunidade eram israelitas e tinham uma Torá ou série de instruções para viver separados. Que radicalmente diferente é realmente a Torá do Judaísmo Messiânico atual, no que se permite aos “gentios” celebrar a mesma Torá, se se coportam como bons e pequenos gentios desaparecidos. Se qualquer desses chamados “gentios” se desmanda pertencendo ou afirmando a igualdade israelita, seu lugar como herdeiros da Torá e os frutos da obediência da mesma, se desanimam, com a advertência de que “a Torá é um peso apenas para os judeus, que estes (os gentios) são demasiadamente fracos para carregar!”
Não é acaso uma blasfêmia contra YHWH falar sobre sua Torá como se fosse um peso? Por acaso não o tememos ao contradizer as escrituras? (Lei Salmos 19, 119 e II Timóteo 3:15-17 para ver que as Escrituras [e a Torá forma parte delas] não é um peso.) Desta maneira, a obediência a Torá não é mais que uma benção. Por quê haveríamos de desejar dar falso testemunho contra YHWH e sua Torá? Por que haveríamos de sentir o desejo de desanimar o cumprimento da Torá, no caso de qualquer nação? Acaso, é possível que temamos que podem fazer-lo melhor do que nós o fazemos e nos substituir? Acaso é devido ao temor de que o obedecer a Torá pode classificar a todo aquele que continue nela como Israel? Que falta de fé no Todo Poderoso, que nos tem amado tanto que planejou desde o princípio redimir-nos por graça, Naquele que nos amou tanto que deu Suas instruções para mostrar-nos o caminho pelo qual devíamos trilhar, no Todo Poderoso que fez um pacto eterno conosco, por meio de Seu sangue!
Levando em conta a natureza eterna destes três requisitos para a conversão divina a Israel por parte dos gerim, juntamente com os que são israelitas por natureza biológica, preciso que tratemos o tema da circuncisão aplicada aos Efraín/Israel que regressaram assim como aos de Judáh. Uma coisa esta clara, segundo o que diz Êxodo 12:24 e 42. A celebração da Páscoa judaica é algo que devemos de guardar para sempre, de maneira que os três requisitos, incluindo a circuncisão dos homens é algo que é necessário fazer também para sempre. Onde fica isso aos israelitas messiânicos, que afirmam que a circuncisão do coração é um requisito que é imprescindível cumprir para celebrar a Páscoa judaica e para ser cidadão israelita?
Sinceramente não cumpre o requisito literal da Torá. O Rav Shaul, conhecido também como Paulo, sabia que muitas das nações as quais estava levando o evangélio teriam que submeter-se a esta circuncisão física especificada, juntamente com a renovação do coração que acontece a regeneração. Era plenamente consciente de que sua missão era reconstruir o Tabernáculo de david, conhecido também como a Comunidade de Israel.
A fim de poder levar a cabo, era necessário que o reconstruísse, segundo o grande desenho do Mestre construtor. (I Coríntios 3:9-11). Se Rav Shaul ensinou equivocadamente aos cretes não judeus, que estavam sendo resgatados de entre as nações, que podiam comer a Páscoa ou ao menos uma mini-versão dela, conhecida como Santa Ceia (do Senhor), o certo seria que descobriríamos que ele constituiria uma contradição direta e uma violação da Torá e o requisito da Torá eterna para participar da Páscoa judaica ou “a santa Ceia”. Quando temos perfeitamente claro que um rabino judeu, que conhecia a Torá, nunca houvesse obrigado aos novos convertidos a quebrar a Torá e a comer ilegalmente a maldição sobre si mesmo por não haver discernido as normas que governavam o comer da Páscoa judaica, então não nos resta mais remédio que estar de acordo no que realmente se necessita mudar é nossa maneira de pensar e o que nos tem sido ensinado anteriormente. Deste modo vamos adiante com essa alteração. Faremos uma visita para ver o que diz o Livro de Gálatas sobre o tema da circuncisão dos homens com o propósito de esclarecer que as coisas concordam com o dito das Escrituras.
Não fomos chamados para transformar a Palavra, mas sim a declarar 'assim disse YHWH' e nada mais que isso! YHWH ordenou que, segundo Gálatas 6:16 e Efésios 2:11-19, todos os crentes realmente nascidos de novo, seja por meio de Judáh, de Efraín ou por haver sido enxertados, ou seja, que não sejam israelitas, formam parte da Comunidade de Israel e são cidadãos da mesma nação. A constituição e o ketuvah (Certificado de matrimonio) dessa nação é a Torá, os cinco livros escritos por Moshé! O que é mais interessante é que a Bíblia Judaica completa do Dr. David Stern traduz Efésios 2:11 da seguinte maneira: “por isso, lembrem-se d seu estado anterior; vocês, gentios por nascimento – chamados incircuncisão (akrobustia) por aqueles que, apenas por meio da operação da carne, são chamados circuncisão (peritome). [2:12] naquele tempo ão tinham o Messias. Estavam alienados da vida nacional de Yisra'el.” Estes, que não eram judeus, haviam sido estrangeiros, que segundo o Dicionário Webster (em inglês) significa: “um amigo que mudou. Mantendo a distância.” Não é esse acaso uma gráfica descrição da Casa de Israel? Amigos da família que mudaram e que agora se mantem a distância! Quer dizer, até que venha o Messias!
A palavra grega que se usa em Gálatas 2:7 em relação com o ministério de Paulo aos incircuncisos é a palava akrobustia (da Concordância Grega Strong, nº 203), que significa literalmente prepúcios que foram removidos (quer dizer, o prepúcio ou a ponta que se descarta). Estava afirmando que da mesma manira que Tiago e pedro haviam sido chamados aos circuncidados (peritome; nº 4061 da Concordância Strong). Se usa a mesma palavra peritome para descrever a missão de Tiago, Pedro e João ao Israel judeu. Peritome significa aqueles que vivem e permanecem com uma identidade circuncidada ou a Casa de Judáh! A palavra grega que Paulo usa para descrever seu ministério entre os que não tem sido circuncidados em Gálatas 2:7 descreve exatamente o que paulo estava fazendo nas nações ou entre os Goyim.
Por acaso estava buscando principalmente a pagãos como se ensina habitualmente? Ou estava primeiramente buscando as ovelhas perdidas da casa de Israel (Efraín) conforme as instruções de Yeshua? A palavra grega que Paulo utiliza na hora de descrever sua própria missão, as nações, é a palavra akrobustia, que não significa precisamente gentios, senão um subconjunto entre os gentios! O termo akrobustia, contrariamente a peritome, se aplica aqueles que haviam sido anteriormente circuncidados, mas que por causa da desobediência e de uma rebelião aberta, haviam tirado seus prepúcios, sendo, desse modo, como alguem que nasceu e tenha sido criado como um gentil-pagão incircunciso (aperitome). O oposto de um ministério entre os peritome (que tinha pedro) teria sido um ministério entre os aperitome ou os que nunca se circuncidaram. No entanto, Paulo não afirma que seu ministério seja para os aperitome ou os que nunca se circuncidaram, senão que seu ministério, segundo sua própria descrição, era aos akrobustia ou aqueles que haviam se submetido a uma circuncisão anteriormente, mas que o haviam tirado tudo pela borda!
A única nação que se encaixa neste contexto é a Casa de israel, que atuou de maneira profana acabando por viver entre os gentios. Quando viveram entre eles se negaram a lutar e defender seu estilo de vida peritome, de fé e confiança, da mesma maneira que o fez Judáh na diáspora. A Casa de Israel atirou a toalha, sucumbindo ao paganismo que lhes rodeava. Isso converteu seu estado original como peritome em akrobustia ou os circuncidados, que apesar de haver sido representaram o papel de prostituta ao considerar a vida segundo a Torá uma carga e algo que desejar. Se Paulo fosse enviado principalmente aos pagãos primeiramente e sobre tudo, teria usado a palavra aperitome, que é o oposto de peritome, adicionando-se o prefixo “a” que nega o peritome! Mas em vez disto, declara abertamente, que entendia sua missão identificando aos akrobustia como seu enfoque principal, colocando, desse modo, seu camado as nações (os gentios) em busca das dez trios de Israel, de acordo com o mesmo Mestre! Recorde que paulo poderia ter tranqüilamente falado sobre a Casa de Israel e de Judáh, mas em vez disso foi entre os que tinham como mote dele s israelitas, tanto no caso dos peritome como dos akrobustia, aos que havia sido enviado!
Os que com freqüência acham difícil de entender o contraste de Paulo em Romanos 2:24-29 sobre os incircuncisos (akrobustia) que praticavam a Torá e, deste modo, (uma vez mais) se tornavam circuncidados, pode ser facilmente e por fim entendidos, quando e se nos damos conta de que eram os akrobustia (Efraín-israelitas) aos quais Paulo estava apelando. É a um Efraín-Israel a quem Paulo esta chamando em seu estado bendito peritome original.
Paulo não lhes esta dizendo aos pagãos, que nunca foram circuncidados (aperitome) que se convertam em israelitas cumprindo os mandamentos da Torá! Esta sim chamando a Efraín-Israel que regresse (teshuvah) a seu estado original, como o Israel fiel, que guarda a Torá. Romanos 2:24 poem fim a qualquer dúvida, porque Shaul cita Ezequiel 36:22-23 como uma clara referência as dez tribos (a casa de Israel), que eram responsáveis de haver sido a causa de o Nome de YHWH cair em desgraça entre todas as nações (Goyim) onde quer que ele iam! Este entendimento é a confirmação de que os crentes no Messias são, de feito, os akrobustia e os peritome mencionados em gálatas 2:7, finalmente reunidos.
Os que estavam longe e os que estavam perto se unem por meio do sangue expiatório do Messias! Em Tiago 1:2 vemos a epístola dirigida aos crentes como uma declaração do versículo um, onde estes mesmos crentes no Messias são chamados de entre as doze tribos dispersas.
Não se tem nada mais emocionante e não obriga ao que busca a tentar descobrir alguns significados ocultos, devidos a significados secundários e a uma super espiritualização, assim como a metáfora idealizada pelo homem, que se inceriram a força em textos tão claros como estes.
A cidade e o livro de Gálatas tomam seu nome da palavra hebraica que significa exílio, que é Galut. No hebreu bíblico não há vogais e esta seqüência G-L-T se encontra em muitas outras palavras. O livro de Gálatas leva esta raiz hebréia inserida nela. A Casa de Israel, que foi levada ao exílio pelos assírios no ano 721 aC, se converteria nos primeiros habitantes da Galácia. Galut ou Garut em armênio, pronunciasse o “R” omo no espanhol ou francês, como fazem alguns judeus. Segundo fontes históricas, os gálatas eram três tribos celtas, que falavam um só idioma e que se transladaram da Ásia Menor por volta do terceiro século aC. procedentes da Europa. Posteriormente foram subjugados pelos romanos, lhes serviram e se tornaram helenizados. É muito possível que pudessem ter sido tribos israelitas tentando voltar a Terra Prometida, mas o feito é que não conseguiram chegar a Israel. E mais, poucos anos depois, o Hekel (Templo) foi destruído por vontade do Pai.
A verdadeira razão pela qual não se exigia aos discípulos que eram judeus submeter-se a circuncisão não é por não poder reclamar ter sangue israelita, senão por causa de um descumprimento completamente diferente e ao mesmo tempo assombroso, em relação com estes versículos: “A palavra circuncisão não significa Gentios nas Escrituras do Pacto renovado e concretamente em Gálatas. É preciso que dediquemos um tempo para explicar isso. Para negar uma palavra como circuncisão em inglês, teríamos que inserir um prefixo “un”. Em grego, faríamos exatamente o mesmo. E aqui esta o problema com a tradução ao inglês (ou ao espanhol) que aparece como incircuncisos ou incircuncisão. A palavra grega normal para circuncisão é peritome (Concordância Grega Strong, nº 4061). Tudo quanto se precisa no grego para negá-lo é adicionar o prefixo grego “a” na frente. Algo bastante simples! Mas nas vinte ocasiões que aparece a palavra incircuncisos na versão inglesa KJV, apenas uma vez, em Atos 7:51, aparece em grego como uma negação de peritome ou aperitome. Surpreendentemente esta única exceção se refere não precisamente aos que não eram judeus, senão aos judeus. As outras dezenove vezes é uma palavra completamente diferente: akrobustia, que significa literalmente a extremidade exterior do pênis, o prepúcio que era eliminado. Tal vez esta palavra akrobustia fosse demasiada forte para os tradutores, mas ao mudar seu verdadeiro significado dos que tinham o prepúcio aos incircuncisos, se perdeu o verdadeiro significado.”
A palavra hebraica para prepúcios é arelim, que é um masculino plural. Em sua forma plural feminina é arlot, de onde se deriva a palavra inglesa harlot (prostituta). Os judeus se referiam a Casa de Israel, que foi levada em cativeiro, desta maneira depreciativos, (Efésios 2:11, falando a Efraín que regressa, Paulo afirma: “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios (ethnos) quanto a carne, e chamados incircuncisão (akrobustia ou os que tem um prepúcio, quer dizer o prepúcio que é cortado ou eliminado) pelos que na carne se chamam circuncisão (peritome) feita pela mão dos homens (quer dizer, pela Casa de Judáh que cumpria a Torá). Eles, os akrobustia, eram os banidos considerados como reprovados. É preciso que estes significados sejam recuperados novamente, nos versículos em inglês, onde se encontra a palavra “incircuncisão”, a fim de ver que é a casa de Israel no exílio a quem se dirige Paulo quando usa esta palavra em concreto.
A referência em Gálatas 2:7 não é as nações pagãs aperitome, que nunca haviam sido circuncidados, senão aos akrobustia, ou aqueles aos quais anteriormente e num dado momento cortaram o prepúcio do pênis (a Casa de Israel) apenas para lançar este sinal de submissão e de obediência ao vento, como mencionado anteriormente. Este termo, tal e como o afirma o Rabino Klimeck era de natureza depreciativa e aplicado a um grupo determinado de reprovados conhecidos, não aos pagãos incircuncisos ou aos verdadeiros gentios, senão aos que eram suficientemente estúpidos pra eliminá-lo. Haviam sido circuncidados anteriormente e, como os akrobustia de Israel, não necessitavam ser circuncidados novamente. Portanto não havia necessidade de realizar uma circuncisão física aos que não eram judeus e aceitavam ao Messias, posto que haviam sido circuncidados anteriormente nas gerações anteriores. Portanto, não teria sentido algum repetir a mitzvah!
Este termo que é tão especial e concreto (akrobustia) que qualquer identificado a israel exilado como aqueles aos que mencionam estes versículos. Não podemos desprezar esta verdade posta que 19 de 20 vezes no Pacto Renovado, se usa o termo akrobustia (não aperitome) quando falava sobre os discípulos que não eram judeus!
Toda a suposta proibição contra a circuncisão física, que apenas se menciona no livro de Gálatas, é uma das passagens mais mal interpretadas de todas as Sagradas Escrituras. O Movimento Judeu Messiânico fica satisfeito ao repetir o antigo e desgastado em decorrência da “igreja” argumentando que Paulo, um rabino judeu (que também s chama a si mesmo um israelita em Romanos 11:1) proíbe o selo simbólico do Pacto de Abraham aos que são judeus. Mas a circuncisão física não é apenas uma ordenança da Torá, senão um feito que antecede pelo menos 600 anos a Torá. Portanto, como podia Paulo chamar aos crentes o esperma de Abraham (em grego) ou a semente em Gálatas 3;29, identificando-lhes com o pacto abrahamico, para na continuação proibir a Brit Milah ou circuncisão, que é o símbolo e o ponto de entrada em relação com Pacto Abrahamico a todos os novos convertidos pagãos (aperitome), especialmente a luz dos akrobustia que regressavam?
Se o Rav Shaul proíbe a circuncisão e na assembléia que plantou ele mesmo na Galácia para na continuação dar as costas e circuncidar fisicamente a Timóteo, seu filho na fé, então nos deparamos com a desagradável idéia de que Paulo era um hipócrita renomado, que ensinava uma coisa e fazia outra diferente, especialmente no caso de um homem que era filho de um pai grego. Isto é totalmente impossível, em todos os níveis de nosso entendimento. Timóteo era considerado um aperitome ou um homem que não era judeu e que não havia sido nunca circuncidado por ter um pai grego. Paulo responde selando-o, para que seja parte do pacto de Abraham, por meio da circuncisão.
Devemos entender que peritome ou “os circuncidados” nos escritos do Rav Shaul são um sinônimo do Israel judeu. Se diz que Paulo foi enviado aos circuncidados. Em Gálatas 2:8 falava sobre o ministério de Pedro aos circuncidados e Paulo, em Tito, chamados judeus da nação dos circuncidados-peritome. Em seu contexto toda a heresia baseada em gálatas não tem nada a ver com a circuncisão abrahamica, senão que está ensinando falsidades que os irmãos de Jerusalém estava fazendo proliferar em Gálatas. A saber, que uma pessoa que confia em Yeshua pela fé salvadora não podia salvar-se sem uma conversão, ordenada pelo homem, segundo a qual deviam fazer-se judeus (peritome) ou converter-se ao Judaísmo! Isso é uma heresia, porque o evangélio é grátis a todo aquele que quiser vir e, portanto, o livro de Gálatas proíbe as conversões ao judaísmo, idealizada por homens (o peritome ou a nação circuncidada), como uma espécie de requisito imprescindível para receber o sangue do perdão de Yeshua.
Em nenhuma parte ele proíbe, de feito, nenhum outro apóstolo o simbolismo de Gênesis (Bereshit) 17:23 ao recém convertido. Podemos estar totalmente seguros de que os novos convertidos, que criam no Messias, eram circuncidados da mesma maneira que o foi Timóteo que sendo grego possivelmente tinha uma linha de sangue (por parte de pai) efrainita e de (mãe) judia. Portanto, Tito também devia ser circuncidado para que Paulo pudesse ser consistente. Nem Timóteo, nem Tito eram judeus, deste ponto de vista bíblico.
Dezenove de vinte vezes o termo incircunciso, e por implicação traduzido como gentios, significa, de feito, Efraín (a Casa de Israel), “os que se desfizeram de seu prepúcio”. A única ocasião em que incircuncisos não significa akrobustia no mesmo texto grego, é quando Esteban condena a liderança judia de Israel como aperitome. Em seu único uso resulta ironicamente claro como uma referência a Judáh, não ao Israel-akrobustia.
O argumento apresentado em Gálatas é uma poderosa evidência a respeito do regresso ao início dos akrobustia exilados e do feito que Paulo mesmo não era, como normalmente se vem ensinando, o apóstolo dos gentios, senão que foi envido as nações para buscar primeiro e sobre tudo aos akrobustia desejados!
As escrituras enfatizam que as viajens de Paulo foram principalmente feitas a todas as nações, com o propósito de encontrar as ovelhas perdidas da Casa de Israel no exílio, ou aqueles aos quais se referem as escrituras como os akrobustia. A paganização posterior a Nicea, da comunidade messiânica, não muda o feito de que os judeus e israelitas de todas as nações pagãs seguiam sendo a semente biológica dos patriarcas. A verdade subjacente é que o que a pessoa crê não pode mudar (nem sequer na diáspora global) o ADN!
Há um evangélio para os peritome ou judeus e outro para os akrobustia ou os que se desfizeram de seus prepúcios, que se haviam espalhado e haviam enxido as nações com sua perversidade. Esta chamada divisão é uma afirmação clara que dentro de Israel, a nação corporativa, existem judeus fiéis que levam uma vida justa e também há outros que tem sido circuncidados, mas cujo estilo de vida perverso lhe tem relegado a categoria de akrobustia ou de “os desejados!” este estilo de vida, que desonra a Torá, por parte das dez tribos, os coloca exatamente na mesma categoria de comportamento que os verdadeiros pagãos ou aperitome. Akrobustia é uma referencia direta a Israel que se encontra no exílio assírio. Portanto, não existem dois evangélios (para o judeu e para o gentio), senão uma só mensagem, que tem sido enviada, simultaneamente, até certo ponto, a fiel Casa de Judáh e a Casa de Israel, a prostituta. Há duas casas e uma só mensagem! Mas inclusive esta divisão fala a sanidade em Yeshua.
A luz destes assombrosas descobertas a respeito da identidade dos akrobustia, os peritome e aperitome, como é possível que os pertencentes a Israel Messiânico deixem de lado estas verdades?
Examinemos cada segmento do Israel do Novo Pacto. Para aqueles pertencentes a Casa de Judáh ou peritome, possivelmente tem sido circuncidados ou tem sido submetidos a Brit Milah ao oitavo dia ou foi feita sua circuncisão num hospital. Seja qual for o caso permaneça você tal e como se encontra. Para aqueles que nunca se circuncidaram e não a revelação de sua verdadeira identidade na nação de Israel, não ajam, senão permaneçam tal e c omo se encontram, em uma atitude de súplica e de oração. Somente quando a Ruach lhe revelar o lugar que tem que você ocupará na Comunidade de Israel você deverá agir, tal e como Ele deseja que você o façam.
Recorde que o israelita que tem professado todavia segue você sendo chamado a Brit Milah a fim de poder participar como é devido e discernir a Páscoa de YHWH.
Finalmente, para aqueles que pertencem a Efraín-Israel, meu conselho é o seguinte: Necessitam circuncidar-se, posto que seus antepassados num tempo o estiveram, tão apenas para haver tirado seu prepúcio como um ato de desafio e rebelião. Agora tem a oportunidade de inverter esse espírito de rebeldia! Segundo Romanos 2:24-29 se você pertence a akrobustia que esta regressando da casa exilada de Israel (Efraín), você necessita cumprir com os requisitos justos da Torá (o qual incluiria a Brit Milah) assim como exercitar uma fé messiânica salvadora no messias Yeshua, recuperar e restaurar seu estado peritome ou circuncidado, tanto desde o ponto de vista espiritual como do físico. A Casa de Israel que regressa deveria considerar a Brit Milah (a circuncisão) de uma maneira muito semelhante a como considera o mikvah (batismo). Os dois são oportunidades emocionantes para levar a cabo atos de obediência a Torá, da mesma maneira que o próprio Messias Yeshua cumpriu com ambas as mitzvot!
Havendo dito isso, há outros pontos que são mais válidos. Se é você Judáh ou Efraín peritome ou akrobustia, e lhe circuncidaram num hospital ou deseja renovar seu lugar no Israel messiânico, como israelita, você pode submeter-se a HaTafat Dam. Este procedimento consiste em retirar uma pequena gota de sangue do órgão masculino. Muitos, pertencentes a ambas as casas, estão renovando sua fé no Messias de Israel, na Torá e seu povo, participando deste procedimento. A HaTafat Dam pode ser comparada com uma renovação das promessas matrimoniais ou feito num mikvah (batismo) realizadas com uma fé bíblica, contrariamente ao que é o batismo infantil, no qual não se requer nenhuma expressão de fé bíblica. De um modo ou de outro, no final, temos a esperança de que todos manifestarão o simbolismo do pacto abrahamico, sobre o qual falam as Escrituras que os crentes formam parte dele! Praticamente da mesma forma que o batismo não nos salva de nossos pecados, senão que é a manifestação externa da realidade interna. Se optamos por essa postura, no final e graça da direção de Sua Ruach, todos no Israel messiânico serão espiritual e fisicamente circuncidados.