quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Parábola dos Dois Filhos

Israel, o Filho Pródigo
Yeshua era um grande Professor em Israel. Como nosso Mestre, Ele é nosso Professor, e nós seguimos o Seu ensino e a Sua halachah. Freqüentemente, nosso Mestre ensinava por parábolas. Uma parábola é chamada de מָשָׁל, mashal, significando uma história que ensina uma lição importante. A razão de um bom professor usar histórias para ensinar lições importantes é porque nós nos lembramos muito mais de histórias. Quando você ouve as parábolas de nosso Mestre, elas lhe ajudam a se lembrar dos Seus ensinos, e das coisas importantes que Ele quer que nos lembremos e as pratiquemos.
Há outra razão pela qual Yeshua usou parábolas para ensinar as Suas lições. Ele nos falou que nem todo o mundo seriam discípulos Dele, e que Ele usava parábolas para ensinar as Suas lições porque elas eram para os discípulos que Ele tinha escolhido. Um dia os talmidim Lhe perguntaram, “Mestre, por que Você ensina em parábolas?” Ele lhes respondeu, “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado. Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.” (Mattytiahu/Mateus 13:11-13). Quando nós escutamos as parábolas de Yeshua, e as entendemos e seguimos o que nosso Mestre nos ensinou, nós mostramos para nós mesmos sermos talmidim escolhidos Dele.
Um dia Yeshua falou um mashal sobre dois filhos. O pai deles já tinha decidido o que cada um deles herdaria da sua riqueza. Um dia, o filho mais jovem veio ao seu pai e disse: (Lucas 15:11-32)
“Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence.” E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: “Quantos jornaleiros do meu pai têm abundância de pão, e eu, aqui, pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: 'Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros'.” E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.” Mas o pai disse aos seus servos: “Trazei depressa o melhor vestido e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e alparcas nos pés; e trazei o bezerro cevado e matai-o; e comamos e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.”
E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: “Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.” Mas ele se indignou, e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: “Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito, para alegrar-me com os meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda, com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.”
E ele lhe disse: “Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Mas era justo alegrarmo-nos, e folgar-mos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.”
O que nos ensinou esta história? Nesta parábola, O pai representa HaShem. O filho mais jovem (Reino de Israel/Efraim) representa os que O desobedecem e seguem o seu próprio caminho. O filho mais velho (Reino de Judá) representa aqueles que permanecem fiéis e obedientes a Ele. E o ponto principal do mashal é isto: até mesmo quando nós desobedecemos ao Eterno, Ele sempre nos chama a fazer Teshuvá (arrepender-se e confessar nossos pecados, e assim retornar). Quando nós fazemos isso, Ele está pronto e feliz para nos perdoar de nossos pecados, e nos dar boas-vindas à Sua comunidade. Sempre deveriam ser recebidos com alegria por todo o mundo o arrependimento e a restauração – veja a história onde tudo começou em I Reis capítulo 11.
Esta é a razão do ministério de Yeshua: “... Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mattytiahu/Mateus 15:24), ou seja, ao filho mais jovem (o filho pródigo); e é por isso que Yeshua diz aos seus talmidim: “... ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mattytiahu/Mateus 10:6).

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